Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

110 anos


Foi há já 110 anos. Foi há já 110 anos que Cosme Damião e outros vinte e quatro amigos decidiram fundar um novo clube. Um clube com valores, um clube mais elevado que os outros. Mas que foi fundado, só e apenas, pelo simples prazer de jogar futebol.

O seu nome era Sport Lisboa. Dois anos depois, viria a fundir-se com o vizinho Sport Benfica e formariam o Sport Lisboa e Benfica. Clube esse que era pautado pela modéstia, e que só jogava caso uma alma solidária cedesse umas redes, uma bola e eventualmente um campo para a prática de futebol. 

De lá para cá, passaram 110 anos. Provavelmente, Cosme Damião chorará de emoção ao ver o que o seu humilde amor se tornou. Dentro de 110 anos, cabem 32 Campeonatos Nacionais, 24 Taças de Portugal, 4 Supertaças e Taças da Liga, 2 Taças dos Campeões Europeus, 9 finais europeias e muitas, muitas mais aventuras por esse mundo fora. Cabe uma história guiada por valores. Pelos valores que, como aquela bela águia, mais alto se alevantam. Cabem 250.000 sócios por esse mundo fora - muitos mais que os vinte e cinco iniciais.

Cabem, também, 110 anos difíceis. 110 anos de sofrimento. 110 anos em que tivemos de lutar contra tudo e contra todos. 110 anos onde também cabe uma cidade chamada Vigo, onde também cabem Vales e Azevedos. Mas lembremos que, nem nesses duros momentos, nos podemos esquecer de ser Benfica, como Cosme Damião sempre o foi.

Cabem, nestes 110 anos, Eusébio, Coluna, Águas, Simões, Humberto Coelho, Chalana, Rui Costa, Vítor Paneira, Simão Sabrosa, Aimar, Cardozo ou Saviola. E não nos esqueçamos que, por detrás de cada um destes magos, há sempre um Germano, um Fernando Aguiar, um Maxi Pereira ou um Javi García. Já para não falar da categoria indefinida a que pertence Enzo, uma mescla de ambas as partes.

Que neste aniversário, que é duro pela perda de um Deus e de um Monstro, que o Sport Lisboa e Benfica saiba honrar esses nomes, e que em seu nome levante o tão ansiado 33º, que é também um número engraçado.

Para terminar, resta-me agradecer ao Benfica. Por ser quem foi, quem é e quem será. Por ser o meu Amor. Por ser o nosso Amor. Por sermos todos nós.

VIVA O BENFICA!


Calmo

Foi com mais um jogo calmo e pragmático, como já nos tem vindo a habituar, que o Benfica alcançou os oitavos-de-final. A juntar aos últimos dois factores, adicionou-se uns pozinhos de magia de Gaítan e Markovic, e pronto, vitória certa.

Benfica vs PAOK (LUSA)

Apesar das nossas mexidas e da desvantagem da primeira mão, o PAOK mostrou-se inofensivo desde o início, e o Benfica acabou por assumir as despesas do jogo. O Cardozo foi a figura em destaque do desperdício, já que falhou três boas oportunidades: primeiro, fintou o guarda-redes, só que ficou sem ângulo para rematar; depois, cabeceou mal após um bom cruzamento do Salvio; e por fim, obrigou o guarda-redes adversário a uma defesa enorme após um livre. Já perto do intervalo, o Artur decidiu abrir a churrasqueira e quase que lhes ofereceu um golo.

Benfica vs PAOK (LUSA)

Na segunda parte, tudo na mesma. O PAOK bem organizadinho atrás e o Benfica a atacar. O jogo mexeu um pouco mais com a saída do Cardozo e, aos setenta minutos, o André Gomes lançou o Lima e este isolado, foi travado pelo Katsouranis, que foi de imediato expulso e saíu sobre aplausos. Na sequência do livre, o Gaítan fez o inimaginável: picou a bola, subtilmente, magicamente, soberanamente por cima da barreira rumo ao canto inferior. Um golaço incrível! Oito minutos depois, o Lima fechou a eliminatória de penalty. No minuto imediato, o Luisão aliviou a bola, caíu nos pés do Markovic que rematou, muito delicadamente, à saída do guarda-redes, matando definitivamente a eliminatória e o jogo.

Benfica vs PAOK (LUSA)

O melhor em campo foi, claramente, Gaítan. Acelerou sempre o jogo, criou muito perigo e marcou um golo que fica nos anais da história dos livres. Um verdadeiro golaço! Apanhamos agora, nos oitavos, o Tottenham.

Benfica 3-0 PAOK
Gaítan
Lima
Markovic

P.S - Vejam, revejam e deliciem-se! Soberbo!


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Monstro Sagrado


Morreu hoje, aos 78 anos, o nosso mais eterno capitão, o Sr. Mário Coluna. Foi, com ele, mais uma parte do Benfica. Um Benfica vitorioso, como o comprovam os 10 Campeonatos Nacionais, as 6 Taças de Portugal e as 2 Taças dos Clubes Campeões Europeus; um Benfica Glorioso, um Benfica leal, um Benfica de valores, um Benfica à Benfica. 

Fugiu assim, para a Selecção do 4º anel, mais uma estrela. Depois do nosso Rei, lá tinha de ir o Capitão e Seu padrinho atrás. E nós cá em baixo ficamos a chorar, por mais uma perda irreparável, por mais um pedaço do Benfica que se perde.

Todos gostaríamos que o Sr. Coluna tivesse oportunidade de ver o 33º. Infelizmente, partiu demasiado cedo, mas decerto sorrirá connosco no dia em que o levantarmos. Em que o Capitão o levantar. 

Adeus Eterno Capitão. Vê se metes ordem aí em cima. Boa viagem até ao 4º anel e que Deus te tenha.

Controlado

E é isto. Entramos no último terço do campeonato e, por via duma boa exibição contra o Vitória minhoto, mantemos os cinco pontos de vantagem dos lagartos e sete dos tripeiros.

Mesmo sem o Garay e o Gaítan, o início de jogo foi soberbo. O Benfica falhou um golo na primeira jogada e fez uns primeiros cinco minutos sufocantes. O problema é que o jogo parou após um choque entre o Jardel e o Enzo, que acabou com a cabeça partida do primeiro. Depois da paragem, o jogo ficou diferente, com o Guimarães a defender melhor e a acalmar o jogo. O Benfica, por seu lado, parecia entupido, pesado. A excepção era o Markovic, que sempre que podia, rompia toda a equipa vimaranense. Parecia mesmo ser ele e mais dez. E a cinco minutos do intervalo chegou o seu justo prémio: o Rodrigo desmarcou-o e o Marko, com toda a simplicidade, fez o mais belo golo que talvez já tenha visto na Luz: faz um chapéu ao guarda-redes, domina e entra com ela pela baliza dentro. Belíssimo! Glorioso!


Na segunda parte, o Benfica entrou mais calmo, a controlar mais o jogo, pelo que se tornou muito mais aborrecido. Sem grandes sobressaltos, só por uma vez o Vitória visou a baliza, num cabeceamento, mas o Oblak agarrou com segurança. Da nossa parte, houve três grandes oportunidades: um remate de longe do Sílvio, para grande defesa do guarda-redes; um lance em que o Lima passou pelo guarda-redes e atirou ao lado; e por fim, uma grande jogada, que culminou com um remate ,para boa defesa, do Salvio. No final, entrou o Rúben, e o jogo tornou-se algo melhor.

Benfica vs Vitória Guimarães (LUSA)

O melhor em campo foi claramente o Markovic. Por tudo o que fez, pelos constantes desequilíbrios, mas sobretudo porque aquele golo... Meu Deus! Nem tenho palavras. Soberbo! No final do jogo, fiquei com a sensação que só com muita aselhice não seremos campeões.

Benfica 1-0 Vitória Guim.
Markovic




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Enorme

Esta é a única palavra que me vêm à cabeça depois do jogo de ontem. Porque fomos enormes, porque fomos Benfica, porque os subjugámos, porque metemos os lagartos de novo debaixo das rochas. E porque, mesmo não sendo alto, Enzo é um enorme jogador. À Benfica.

Benfica vs Sporting (LUSA)



Nenhum dos dois treinadores decidiu mexer na táctica mostrada domingo, e ainda bem, porque aquela mescla dos lagartos só podia dar mau resultado. E isso provou-se desde o início: aos trinta segundos, o Benfica só não se adiantou no marcador porque o Gaítan demorou muito a rematar. Sempre que o Rodrigo, o Gaítan e o Markovic resolviam acelerar, a defesa deles tremia que nem varas verdes. E mesmo com o Fejsa e o Enzo (sr. Enzo) amarelados desde muito cedo, o Benfica não se amedrontou, e só pecou por demorar muito tempo a marcar. Assim, só aos vinte sete minutos surgiu o golo: recuperação do Fejsa, cruzamento do Maxi e o Gaítan, na marca de penalty, a esticar-se todo e cabecear para o golo por entre as pernas do Patrício. Até ao intervalo, só não ampliámos mais a vantagem porque o Patrício defendeu um corte-remate do Rodrigo, e o Gaítan falhou um golo fácil.

Benfica vs Sporting (LUSA)

Na segunda parte, o Benfica pareceu tirar o pé do acelerador, o que fez com que o sportém pudesse respirar um bocado, mesmo sem causar nenhum perigo. No entanto, era necessário matar o jogo o mais rápido possível. O Rodrigo falhou um golo, depois de uma grande jogada e o Markovic fez um remate a rasar o poste. O Glorioso continuou a dominar, até que à passagem do quarto de hora teve a merecida recompensa: após o Rodrigo permitir a defesa do Patrício, recuperámos a bola, o Enzo (sr.Enzo), foi buscar a bola e, à entrada da área partiu o Dier em dois e rematou em arco, colocadíssimo, para o triunfo, de toda uma equipa, claro, mas de um em especial: o próprio Enzo, um jogador à Benfica. Enzo esse que proporcionou o último grande momento do jogo: a sua substituição, que mereceu o aplauso e a vénia de toda a Luz.

Benfica vs Sporting (LUSA)

O melhor em campo? Se há pergunta estúpida, é essa. Enzo, pois claro. Um senhor jogador, construtor, destrutor, homem das obras, alquimista, jogador à Benfica, para mim o claro sucessor à braçadeira de Luisão. Nem tenho palavras para descrever o jogo deste homem, se é que aquilo que Enzo fez ontem não é do nível do sobre humano. A maneira como foi buscar forças para fazer todo o meio-campo e, como se o futebol fosse finalmente justo, a maneira como se consagrou com aquele golo! Que se lixem as estirpes de flores, façamos mas é uma estirpe de 11 Enzos! Numa palavra: Gigante!

Benfica 2-0 Sporting
Gaítan
Enzo Perez (Sr. Enzo Perez)

P.S - Já disse que o Enzo é bestial?




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Insuficiente

Há jogos que desde o início se mostram difíceis de ganhar. Este era um desses. A junção dum relvado horrível, um árbitro péssimo, um autocarro e uma exibição fraca fizeram com que deixássemos dois pontos em Barcelos.

Desde o início, o Gil Vicente mostrou ao que vinha: abdicou de atacar e entregou o jogo ao Benfica. O que é certo é que isso a juntar ao mau estado do relvado levou a que o jogo fosse aborrecido na primeira parte. Só uma meia oportunidade do Rodrigo travada pelo relvado e um remate a roçar a barra do Siqueira levaram perigo.

Na segunda parte, o Benfica, atacando para um melhor relvado, conseguiu atacar mais, muito devido à acção do Gaítan. No entanto, aos dez minutos, o Siqueira foi expulso. Quando se podia prever o pior, o Benfica chegou à vantagem, através de um penalty ganho pelo Gaítan, com uma falta clara, e bem convertido pelo Lima. Depois do golo, e também devido à demora do Jesus a reforçar o miolo, o Gil Vicente chegou à vantagem, num remate de fora de área consequente de um canto, que na minha opinião foi um frango do Oblak. Até ao fim, o Benfica carregou mais, o Cardozo entrou, falhou um golo fácil, e pior que isso, no último minuto, falhou um penalty.

O melhor em campo foi o Gaítan, o pior o Siqueira. No pós-jogo, acabámos por ter sorte, pois os lagartos também empataram, o que nos permite jogar o derby com dois pontos de avanço.

Gil Vicente 1-1 Benfica
Lima