Contudo, apesar da nossa superioridade, o Rio Ave começou por mostrar-se um adversário bastante incómodo. Apesar de estarmos a jogar na máxima força, o nosso oponente entrou muito bem, e não fosse uma gigantesca defesa do Oblak, até poderíamos ter sofrido um golo com apenas cinco minutos jogados. No entanto, a pouco e pouco o Benfica foi mostrando porque estava em todas as finais possíveis e porque era o campeão em título, e foi assumindo o controlo do jogo. A cinco minutos do final do primeiro tempo, numa belíssima jogada de entrosamento colectivo, o Rodrigo permitiu uma grande defesa ao guardião vila-condense Ventura. Na sequência desse canto, o Rúben desviou de cabeça à entrada da área e a bola caiu nos pés do Rodrigo, que não perdoou.
A segunda parte foi uma continuação do domínio final da primeira, mas neste tempo as oportunidades sucederam-se, com o Ventura a fazer uma grande exibição. Talvez a oportunidade mais flagrante tenha sido quando o Maxi roubou a bola ao meio-campo, serviu o Gaitan, que isolado, chutou com mais força que com jeito e permitiu mais uma defesa ao guarda-redes. Assim, não foi de espantar que o Enorme tenha dilatado a vantagem. A doze minutos do fim, o Benfica ganhou um livre cobrado para a área, onde apareceu o capitão Luisão, gigante como sempre, a saltar mais alto que tudo e todos, incluindo o próprio Ventura, e cabeceou para golo. Ainda houve tempo para mais um, mas o Lima não conseguiu dar a correcta direcção à bola após grande trabalho do Rodrigo. Estava entregue o caneco, e para finalizar foi bonito ver o Sílvio levantar a taça, antes da volta olímpica.
Na minha opinião, a exibição foi tão sólida que não houve um destaque individual de renome. Podemos dizer que o Garay e o Luisão foram novamente uma dupla de centrais irrepreensível e o Enzo fez uma segunda parte à Enzo. O Rodrigo também esteve a alto nível, e mostra que será muito mau se se for embora.
Esta taça ainda que muitos a desprezem, é uma taça que vale tanto como as outras em termos estatísticos. Além disso, é a nossa taça, como o provam as cinco vitórias em sete possíveis. Porém, ganhava uma importância maior porque serve de embalo para as próximas finais, dando uma confiança acrescida à equipa. Agora, resta-nos gerir no Dragão e esperar pelo Dia D, 14 de Maio, em Turim.
Benfica 2-0 Rio Ave
Rodrigo
Luisão
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