Com a equipa de volta à máxima força, o Benfica mostrou que estava ferido, mas vinha para ganhar. Entrou muito pressionante e a primeira parte teve como sentido único a baliza do Rio Ave. Mesmo sem rematar muito, o golo parecia cada vez mais iminente. E foi aí que apareceu o Nico. Pouco depois dos quinze minutos, o Gaitan dominou a bola com o esquerdo, puxou para o direito, e com um pontapé fenomenal atirou ao ângulo direito da baliza. Logo a seguir, podíamos ter ampliado, mas o Garay permitiu uma grande defesa ao guarda-redes adversário. Até ao fim, menos oportunidades, mas o mesmo domínio.
Cinquenta e sete jogos são muitos jogos. Pesam nas pernas. E isso notou-se e bem na segunda parte. O Maior entrou cansado e os vila-condenses acordaram e aproveitaram-se disso. Aos sessenta e três minutos atiraram ao poste e, pouco depois, obrigaram o Oblak a fazer uma grande defesa. No canto consequente atiraram muito perto. Mas como quem não tem pernas vai buscar umas novas ao fundo da alma, o Campeão aguentou. E a partir de certo ponto limitou-se a aguentar. E conseguiu-o até ao fim. Estava conquistada a 25ª Taça de Portugal.
Os destaques do jogo vão para o Oblak, pela concentração e as boas defesas, e para o Gaitan. Porque ninguém paga para ver os Bruno Alves deste mundo. Paga-se para ver os Nicos. E ele faz sempre questão de nos lembrar disso. E ontem, com um grande golo, até decidiu a final.
Que época memorável! Tal como uma fénix, e a voar tão alto como uma águia, o Benfica deixou para trás os fantasmas de Maio de 2013 e a poucos e poucos atreveu-se a ser feliz. E resultou. O sucesso europeu ficou às portas? É verdade. Mas mesmo assim cá dentro comemos tudo e não deixámos nada. À Benfica!
Benfica 1-0 Rio Ave
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