Tão e simplesmente Enzo. Já tinha começado a escrever este texto há coisa de uma semana. Era fácil de prever que o Enzo ia sair: primeiro, não tem o aliciante de jogar na Europa; segundo, o Benfica está necessitado de dinheiro, entre outras (imensas) razões, por não estar em nenhuma competição europeia. Previsível, pois.
Contudo, não me conformo. Se há aquele jogador que é mais técnico, outro que é mais destrutivo, outro que é mais veloz ou ainda outro que defende como ninguém, há ainda uma nova categoria: o Enzo. O Enzo é um novo tipo de jogador que faz de tudo, parecendo que tem baterias infinitas. Enzo foi, para mim, durante estes dois anos e meio, o melhor jogador do mundo. Enzo merece tudo: pegar na bola, fintar uns quantos, fintar o guarda-redes, e gritar golo, enquanto todos nós, benfiquistas, o elevamos até à eternidade.
Além de tudo isto, Enzo tinha mais um acréscimo: se Luisão é o capitão e Maxi o jogador à Benfica, Enzo tem uma nova particularidade: faz-nos acreditar que ele é um de nós, um daqueles que vibra, canta, ri, chora, e que desde pequenino sonha em fazer a Luz vibrar de Manto Sagrado vestido. E o mais curioso, é que Enzo, não sendo um de nós, tornou-se um de nós, e fez tudo isto, vibrou, cantou, riu, chorou e, no meio disto tudo, ainda festejou um golo aos tripeiros com um invasor de campo.
Enzo, partiste, mas ficarás para sempre nos nossos corações. Um enorme OBRIGADO, e vê se num dia qualquer de vermelheiro, qual Dom Sebastião, voltas, para continuarmos, nós e tu, a ganhar tudo o que há para ganhar.