Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mágico

Ontem a noite só podia se nossa. O Dragão costuma ser um terreno amaldiçoado para o Benfica. Ontem, porém, tudo nos correu bem: máxima eficácia, muito bem a defender e até a sorte do jogo, que tantas vezes nos costuma ser maldita, esteve do nosso lado. Finalmente, fez-se Luz no Antro.


Surpreendentemente, o Jesus optou por pôr o Lima em campo em detrimento do Jonas. Se foi por mero palpite ou por outra razão qualquer, pouco interessa. O que é certo é que essa aposta daria valiosos frutos, mas já lá irei. O jogo, deve-se dizer, começou mal para o Benfica. O André Almeida levou amarelo logo aos dois minutos e os nossos jogadores pareciam algo atarantados, como que a tentar perceber como parar todo aquela potência atacante. Com ou sem sorte, o Benfica resistiu até aos vinte minutos, e a partir daí o Porco começou a descer de rendimento. Aos poucos íamos mostrando capacidade de atacar, mas o momento mais perigoso do Porco até ocorreu nessa fase: aos trinta minutos, o Jackson, no coração da área, chutou e obrigou o Júlio César a fazer uma grande defesa. E acabou aí o Porto na primeira parte. Aos trinta e cinco minutos, o primeiro momento duma noite linda. Lançamento lateral perto da área adversária e à boa moda da era Jesus, o Maxi (grande marcação ao Brahimi!) lançou para o meio da área. A bola bate uma primeira vez no chão e, à matador, aparece nem mais nem menos que a surpresa Lima a dar um primeiro tiro nos tripas com um golo marcado com a anca! O Dragão calou-se com a explosão de alegria dos nossos leais adeptos. 


A segunda parte não podia ter começado melhor. O Porto estava totalmente anulado e quem ia aproveitando era o Benfica. E eis que, dez minutos volvidos do segundo tempo, o Benfica dá uma última estocada. Boa jogada do Gaítan, que perto da área entrega no Talisca. Este disfere um potente remate para defesa incompleta do Fabiano e, mais uma vez, qual caçador de dragões, aparece o Lima a bisar na partida e abater de vez os tripeiros. Nos minutos que se seguiram, o Glorioso manteve o controlo do jogo e aos sessenta e sete minutos o Lima podia ter feito o hat-trick, não fosse um corte in extremis do Alex Sandro. Tudo parecia correr de feição quando, a quinze minutos do final, o Luisão se lesionou. O César teve de entrar e na jogada imediatamente a seguir, o Jackson cabeceou à barra. Cinco minutos depois, num dos poucos erros do André Almeida durante o jogo, a mesma cena. E, depois disso, nada mais. E assim se fez história no antro corrupto.


Como maior destaque, tenho de escolher o Lima. Pouco fez durante o jogo, mas os golos definem um ponta de lança, e foi precisamente que ele fez ontem, no jogo mais importante desta época. Destaco também o Júlio César pela confiança que transmite à equipa, o Enzo, por ser o discreto fiel de toda a balança e o Gaítan, pela rebeldia, classe e irreverência. Aproveito também para desejar a todos os adeptos tripeiros um feliz Natal, da parte deste vosso amigo.

Ficámos sem a Europa, mas temos seis pontos de avanço dos corruptos e dez dos lagartos. Com alguma rodagem durante a época, diria que estamos muito bem encaminhados para o bi-campeonato. Contudo, pés bem assentes no chão, que qualquer distração poderá ser fatal.

Porco 0-2 Benfica
Lima (2)


Sem comentários:

Enviar um comentário