Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Benfica 2-0 Nacional

Infelizmente, não tive a possibilidade de assistir ao jogo. Apenas vi os dois golos, do Siqueira e do Cardozo, e fiquei feliz com a inclusão inicial do Ivan cavaleiro. Deixo-vos por isso com a crónica da Tertúlia Benfiquista.

Deve ter sido uma das vitórias mais descansadas do Benfica esta época, mas o nível exibicional ainda continua longe do desejável. Mas se continuamos sem capacidade para jogar bem, pelo menos valeu a vitória sobre um adversário que no início desta jornada estava no quarto lugar, apenas um ponto atrás de nós, e a forma um pouco mais segura como ela foi obtida.


Factos de maior realce no onze do Benfica foram as presenças do Rodrigo e do Ivan Cavaleiro nos lugares que tinham sido ocupados pelo Lima e pelo Ola John no jogo da passada quarta-feira. A entrada do Benfica no jogo foi boa, a exemplo do que até tem acontecido ultimamente - o problema é que esse ímpeto inicial normalmente dura pouco tempo e depois a equipa parece cair numa estranha inércia. O melhor que nos poderá portanto acontecer será marcar um golo durante esses minutos, e felizmente foi o que aconteceu hoje. Ao fim do primeiro quarto de hora, o Siqueira subiu bem, tabelou na perfeição com o Cardozo, e em frente ao guarda-redes não perdoou. Seria de esperar que um golo motivasse uma equipa, mas o que eu vi foi o contrário. A seguir ao golo marcado pareceu-me que o Benfica atravessou aquele que foi o seu pior período no jogo. Não fomos exactamente pressionados pelo Nacional, que durante os noventa minutos praticamente não criou uma oportunidade de golo (apenas num livre o Artur foi obrigado a uma intervenção mais apertada), mas o nosso adversário passou a ter muito mais posse de bola, e a jogar mais tempo no nosso meio campo, enquanto que o Benfica assumiu uma postura mais expectante e tentava sair em contra-ataque quando recuperava a bola, mas pouco ou nada conseguia produzir em termos atacantes. Vimos mais um jogador nosso sofrer uma lesão muscular (Siqueira), e vimos nos minutos finais da primeira parte o Benfica melhorar um pouco e voltar a aproximar-se da baliza adversária, tendo estado perto de voltar a marcar pelo Cardozo.


Uma boa reentrada para a segunda parte valeu-nos o segundo golo, depois de uma bola recuperada logo à entrada do meio campo ter sido bem trabalhada pelo Gaitán, que deixou o Cardozo com tudo para marcar, e o paraguaio não falhou. Os dois golos de vantagem deram à nossa equipa uma tranquilidade maior, e já passou a ser possível ver a espaços alguns pormenores interessantes dos nossos jogadores. Mas ainda me pareceu haver falta de confiança, porque não é muito habitual ver a nossa equipa jogar com as linhas tão recuadas quando o adversário tem a bola. De qualquer forma esta aposta na segurança - reforçada com a troca do Rodrigo pelo Rúben Amorim, passando a equipa a jogar com mais um homem no meio campo - permitiu-nos manter o jogo sob controlo com relativa facilidade (não me recordo de qualquer oportunidade clara de golo do Nacional), e foi o Benfica quem esteve sempre mais perto de ampliar a vantagem. Foram algumas as ocasiões que criámos para o fazer, quase sempre através de transições rápidas para o ataque após recuperarmos a bola (já tinha algumas saudades de ver a nossa equipa fazer algumas jogadas destas). Foi pena que, numa delas, o Ivan Cavaleiro tenha visto o guarda-redes adversário negar-lhe a oportunidade para assinalar a sua estreia na Liga com um golo. Negativamente, fiquei mais uma vez com a impressão de que os nossos jogadores não andam nas condições físicas ideais. Se até posso achar compreensível que o Ivan Cavaleiro tenha ficado esgotado, houve outros jogadores (como por exemplo o Enzo ou o Gaitán) que me pareceram estar excessivamente fatigados ainda bem antes do jogo chegar ao fim.


O homem do jogo é o Cardozo. Marcou e deu a marcar, e para além disso esteve geralmente bem no ataque a abrir espaços para os colegas e a criar linhas de passe. Depois do jogo desastroso da passada quarta-feira, o Matic esteve bem melhor hoje. Gostei também do Garay, e o André Almeida entrou muito bem no jogo - foi naturalmente muito menos interventivo no ataque do que estava a ser o Siqueira, mas esteve praticamente perfeito a defender. Quanto ao estreante Ivan Cavaleiro, na primeira parte pareceu-me nervoso e a cometer bastantes erros devido à sua inexperiência, mas depois acalmou na segunda parte, ganhou confiança e subiu bastante o nível do seu jogo.

Espero que a nossa equipa tenha capacidade para voltar a acreditar em si própria e brindar-nos com futebol com a qualidade que vimos a época passada. Enquanto tal não é possível, pelo menos é importante que consigamos ganhar jogos e somar pontos. Hoje vi alguma evolução (não muita, é certo) em relação ao passado mais recente. Espero que seja para manter, até porque em breve teremos uma semana com jogos decisivos.

P.S.- Acho que vou fazer uma t-shirt a dizer 'Eu vi o Ola John correr'.

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