Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

À Eusébio

Mesmo sendo certo que a nossa história recente com o Porto não tem sido a melhor, acho que não cabia na cabeça de qualquer benfiquista um resultado que não fosse a vitória. E assim foi. A conjugação entre o Inferno da Luz e o ser Benfica dos jogadores resultou numa vitória incontestável, que até podia ter sido maior.


Benfica vs FC Porto (LUSA)

O jogo começou mesmo antes de começar, por diversas razões. A primeira foi a manutenção da titularidade do Oblak, que mostrou porque o Jesus deve apostar nele até ao fim. A segunda foi a táctica com dois avançados, o que acabou por surpreender todos. A terceira foi a brilhante homenagem a Eusébio, com o Estádio todo de preto por minutos, e com os jogadores a envergarem o Seu nome no manto sagrado. E assim começou o jogo. As equipas começaram por se mostrar muito encaixadas uma nas outras, numa imagem do que viria a ser a primeira parte. Mas, à passagem dos treze minutos, o número de Eusébio na Selecção, o Benfica chegou ao golo: Markovic pega na bola, leva até à cabeça da área, abre para o Rodrigo e este, à Eusébio, fuzila por completo o macaco do Helton. O Porto, a partir daí, sentiu-se na obrigação de marcar, o que tentou fazer com uma impressionantes, deixem-me fazer as contas... é isso, zero oportunidades. Só através de livres se aproximavam da área, mas aí tanto a defesa como o Oblak se mantiveram bastante concentrados.

Benfica vs FC Porto (LUSA)

A segunda parte começou praticamente com um livre perigoso a favor do Porto, com o Oblak a agarrar seguramente a bola. Na resposta, o Markovic obrigou o Helton a fazer uma defesa apertada para canto. Nesse mesmo canto, o Matic cabeceou para uma brilhante defesa do Mangala, já que a bola parecia indefensável. Já que o árbitro, por "cegueira", não marcou penalty, o Benfica voltou a ganhar um canto. E nesse canto, a provar que Deus escreve direito por linhas tortas, apareceu na pequena área, fulgurante, a cabecear para o segundo golo. O Porto teve de ir em busca do golo, mas só o Glorioso ia criando perigo, com a mais perigosa oportunidade a pertencer ao Rodrigo, que rematou ligeiramente por cima. A um quarto de hora do final, o Porco ficou reduzido a dez (como é possível?!) e o Benfica até podia ter arrancado o terceiro golo. Mas já não valia a pena correr riscos desnecessários.


Neste jogo, não há ninguém a destacar, somente porque o destaque foi a equipa no seu todo. Impulsionados por Eusébio e pelo Estádio da Luz, mostraram um empenho, uma garra, um querer e uma ambição, aliadas a uma boa qualidade de jogo, que entrou numa sintonia perfeita com o Inferno da Luz como há muito não se via. Mesmo assim, pode-se destacar o Oblak, pela segurança, o Maxi e o Siqueira, pela subida de forma, o Luisão e o Garay por serem imperiais, o Matic por ser gigante, o Enzo por ser lutador e potente como um Ferrari, o Gaítan e o Markovic pela magia e espírito de luta, o Rodrigo, pelo gigante golo e tremando esforço, e até o Lima por... por... olhem, nem sei bem, mas o que interessa? E uma nota final para o Jesus, que finalmente não inventou e, tal como a equipa não se acagaçou. Viramos assim o campeonato em primeiro de forma isolada.

Benfica vs FC Porto (REUTERS)

Benfica 2-0 Porto
Rodrigo (Eusébio)
Garay (Eusébio)


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