O jogo começou mesmo antes de começar, por diversas razões. A primeira foi a manutenção da titularidade do Oblak, que mostrou porque o Jesus deve apostar nele até ao fim. A segunda foi a táctica com dois avançados, o que acabou por surpreender todos. A terceira foi a brilhante homenagem a Eusébio, com o Estádio todo de preto por minutos, e com os jogadores a envergarem o Seu nome no manto sagrado. E assim começou o jogo. As equipas começaram por se mostrar muito encaixadas uma nas outras, numa imagem do que viria a ser a primeira parte. Mas, à passagem dos treze minutos, o número de Eusébio na Selecção, o Benfica chegou ao golo: Markovic pega na bola, leva até à cabeça da área, abre para o Rodrigo e este, à Eusébio, fuzila por completo o macaco do Helton. O Porto, a partir daí, sentiu-se na obrigação de marcar, o que tentou fazer com uma impressionantes, deixem-me fazer as contas... é isso, zero oportunidades. Só através de livres se aproximavam da área, mas aí tanto a defesa como o Oblak se mantiveram bastante concentrados.
A segunda parte começou praticamente com um livre perigoso a favor do Porto, com o Oblak a agarrar seguramente a bola. Na resposta, o Markovic obrigou o Helton a fazer uma defesa apertada para canto. Nesse mesmo canto, o Matic cabeceou para uma brilhante defesa do Mangala, já que a bola parecia indefensável. Já que o árbitro, por "cegueira", não marcou penalty, o Benfica voltou a ganhar um canto. E nesse canto, a provar que Deus escreve direito por linhas tortas, apareceu na pequena área, fulgurante, a cabecear para o segundo golo. O Porto teve de ir em busca do golo, mas só o Glorioso ia criando perigo, com a mais perigosa oportunidade a pertencer ao Rodrigo, que rematou ligeiramente por cima. A um quarto de hora do final, o Porco ficou reduzido a dez (como é possível?!) e o Benfica até podia ter arrancado o terceiro golo. Mas já não valia a pena correr riscos desnecessários.
Neste jogo, não há ninguém a destacar, somente porque o destaque foi a equipa no seu todo. Impulsionados por Eusébio e pelo Estádio da Luz, mostraram um empenho, uma garra, um querer e uma ambição, aliadas a uma boa qualidade de jogo, que entrou numa sintonia perfeita com o Inferno da Luz como há muito não se via. Mesmo assim, pode-se destacar o Oblak, pela segurança, o Maxi e o Siqueira, pela subida de forma, o Luisão e o Garay por serem imperiais, o Matic por ser gigante, o Enzo por ser lutador e potente como um Ferrari, o Gaítan e o Markovic pela magia e espírito de luta, o Rodrigo, pelo gigante golo e tremando esforço, e até o Lima por... por... olhem, nem sei bem, mas o que interessa? E uma nota final para o Jesus, que finalmente não inventou e, tal como a equipa não se acagaçou. Viramos assim o campeonato em primeiro de forma isolada.
Benfica 2-0 Porto
Rodrigo (Eusébio)
Garay (Eusébio)
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