Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

terça-feira, 29 de abril de 2014

Força!

1- A Juventus é uma grande equipa, verdade seja dita. É, tal como o Benfica, um histórico europeu. E, tal como a malta lá do Norte, são os mestres corruptos, que vivem no país mais corrupto da Europa, e que até já desceram de divisão por corrupção activa.

2- O presidente da UEFA é a antiga glória juventina Michel Platini, que tem tanto de bom jogador como de larápio.

3- A Juventus, de forma algo surpreendente, resolveu "processar" o senhor Enzo por uma suposta agressão. E a UEFA já avisou o Benfica que tem até às 21 horas de hoje para se defender.

Serve isto para desejar à equipa as maiores felicidades. Vão jogar ao maior antro corrupto do mundo, num ambiente terrivelmente adverso. Vão fazer de tudo para que a Juve ganhe. Vão-nos tentar tirar o Enzo, ao mesmo tempo que resolvem não ver um penalty escandaloso sobre o mesmo na primeira mão. No entanto, com ou sem Enzo, que o espírito de grupo desta equipa prevaleça, e que seja a maior inspiração para que cheguem à final. Por enquanto, eles que vejam este vídeo. Uma palavra:soberbo!


P.S. - A bandeira da corrupção tem três cores: azul, preto e branco!

domingo, 27 de abril de 2014

Lindo

Não foi um jogo fácil aquele que fizemos ontem. Mais uma vez, tivemos uma hora a jogar com dez, mais uma vez, tivemos de sofrer muito. Mas, mais uma vez, fomos Benfica. E como ficou provado, muitas vezes isso basta.

Como seria de esperar, o Benfica resolveu entrar com muitas poupanças, já a apontar ao jogo em Turim. De destacar a inédita dupla de centrais e um meio-campo com Gomes, Ruben, Suljemani e Ivan Cavaleiro. O jogo até começou com um certo pendor ofensivo do Benfica, mas depressa se desvaneceu, porque o Porto começou a crescer aos poucos. As coisas ficaram piores quando, à passagem da meia-hora, o Steven Vitoria fez uma falta à entrada da área e foi expulso, ele que já estava a fazer um péssimo jogo. Saiu o Lima, que deu entrada ao Garay. O Porco cresceu muito, mas o Maior, quando menos se esperava, voltou a mostrar a sua solidez e o brio e solidariedade da equipa, marcas bem visíveis deste Benfica. O encontro chegou ao intervalo a zeros.


A segunda parte, apesar do domínio tripeiro foi menos intensa, teve poucos remates e, com a entrada do Markovic, até poderíamos ter marcado um golo. Não foi, por isso, com grande espanto que o empate se manteve até ao final e o jogo se encaminhou para os penaltis. Aí, convém ter bons guarda-redes, mas nesse aspecto ambos os lados estavam bem servidos. Por isso, ganhou quem falhou menos. E, claro, ganhou o Campeão dos Campeões. Marcou o Siqueira. Marcou o Quintero. Falhou o Garay. Falhou o Jackson. Marcou o Jardel. Marcou o Ghilas. Falhou o André Gomes. Falhou o Maicon. Marcou o Senhor Enzo (Enzo, para os amigos). E marcou o Varela. E fomos para morte súbita. Aí, o Ivan marcou. E o amigo Fernando falhou. Estava consumada a vitória.


Não ha nenhum destaque individual, tirando o Steven pela negativa, mas vale apena destacar o espírito de grupo e a fortaleza deste Benfica, que mais uma vez provou que o ser Benfica, o brio, valem mais que tudo o que possam trazer. Joguemos assim em Turim e, mesmo em caso de derrota, sairemos sempre de cabeça erguida. Estamos também a caminho dum triplete nacional inédito. Duas finais contra o Rio Ave, para enfrentar com respeito.

Porco (3) 0-0 (4) Benfica


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Campeões

Foi um jogo igual ao Campeonato: teve altos, baixos, uma primeira parte mais sofrida, apesar das inúmeras oportunidades para selar o resultado e o título. Os jogadores decidiram crescer na segunda parte - como na segunda volta - o que resultou no único desfecho possível: a felicidade máxima de sermos campeões. Em nome do Rei. Em nome do Monstro.


A alegria e o orgulho imenso que sinto por pertencer a esta família, à família benfiquista, não podem ser descritas em palavras. Mas talvez o rosto das pessoas com que me cruzei após o jogo ande lá perto. Rejubilo com o facto de ver festejos do Norte ao Sul de Portugal, no Luxemburgo, Bélgica, Paris (no Arco do Triunfo, pois claro), em todas as ex-colónias portuguesas, em Londres, e em todo o local em que haja um benfiquista. Alegro-me com a emoção no rosto de todos, mas principalmente dos jogadores, que mesmo sendo estrangeiros, conseguem perceber a importância deste título, a importância do Manto que vestem, e que percebam que nada toca mais o benfiquista que ver os seus jogadores descerem do autocarro só para estarem com eles. Emociono-me por saber que as lágrimas vertidas pelo final da época passada continuam, mas são agora de alegria. Sinto, felicíssimo, que Eusébio e Coluna estão orgulhosos e a sorrir, onde quer que estejam. Este título também é Vosso. E também é nosso, adeptos. Pelo que sofremos no início, por nunca termos desistido da equipa, por termos conseguido, na segunda volta do campeonato, ter criado uma gigante onda vermelha. A todos, o meu enorme Obrigado!

Benfica Campeão, a festa na Luz (Lusa)
No entanto, antes da festa se soltar ao país e ao Mundo, com epicentro no Marquês de Pombal, ele que também vestiu de vermelho (literalmente), houve um jogo. Nada fácil, mesmo nada fácil. O adversário, o Olhanense, quase que parecia querer estragar a festa, tal foi o autocarro imposto na sua baliza. E o Benfica, tão calmo na maioria dos jogos, começou a tremer. Começou a falhar. Primeiro o Gaítan, aos dois minutos, a permitir o corte in extremis a Luís Filipe, um velho conhecido. Depois, o Rodrigo, em vez de rematar, mandou uma rosca. E até Garay, o infalível, ia oferecendo um golo aos algarvios. O Benfica acusou o toque e ficou ainda mais ansioso, começou a especular demasiado em frente à baliza e o Lima falhou um golo feito. No final, nova contrariedade: o Salvio, um dos melhores em campo, partiu o pulso e vai perder o resto da temporada.

Benfica vs Olhanense (Lusa)

E para a segunda parte, o pior: nós, adeptos, começámos a duvidar, começámos a calar-nos, a transmitir intranquilidade. Mas, para os últimos quarenta e cinco minutos, estava reservado o prato forte. Curioso que, numa equipa altamente dominadora, os dois golos surgiram de contra-ataque. O primeiro, aos cinquenta e sete minutos, chegou de recarga: o Rodrigo passou para o Gaítan, que chutou para defesa incompleta e apareceu o Lima, à matador, a soltar as amarras da época passada e a levar à loucura os quase 64.000 adeptos que foram à Luz. Ainda com a alegria em alta, surgiu o segundo: o Maxi recuperou a bola, passou no Lima, que correu, correu, correu, e atirou para o golo, com alguma ajuda do guarda-redes. E aí, ficou claro que este era nosso. A Catedral fez jus ao Inferno, e, até ao fim, já só esperou pelo apito final. O Campeão voltara.

Benfica vs Olhanense (Lusa)

O jogo valeu o título, e por essa razão, todos estão de parabéns, mas o destaque óbvio vai para o Lima. Falhou na primeira parte, mas soube manter a cabeça fria e, como um matador, apareceu na altura certa, a levar-nos à loucura. O Maxi, ontem, foi também ele Super. De resto, o destaque maior vai para a equipa como um todo, e para a sua união.

Benfica Campeão, a festa na Luz (Lusa)

Para qualquer pessoa com dois dedos de testa, este final é natural. Fomos de longe a melhor equipa, deixando os nossos rivais a milhas de distância. Começámos titubeantes, com os fantasmas da época passada a tomarem conta de nós, mas aos poucos e poucos eles foram desaparecendo, e fomos recuperando terreno até ao primeiro lugar. A meio da época, sofremos a maior perda humana da nossa história: o Rei Eusébio. Em sua memória, vencemos o Porto, chegámos ao primeiro e de lá não saímos. Este título é também Dele e do Capitão Coluna. Jogámos melhor, marcámos mais, sofremos menos, e ainda podemos ganhar tudo. Gloriosos. Maiores. Enormes. Levámos a festa a todo o país, provando que somos Maiores que Portugal. Simplesmente, Benfica. Temos agora a possibilidade de abrir novo ciclo de vitórias.

Benfica vs Olhanense (Lusa)

O título voltou a casa. E por cá vai ficar muito tempo.

Benfica 2-0 Olhanense
Lima (2)




quinta-feira, 17 de abril de 2014

Épico

Absolutamente épico. Este jogo vai directamente para um dos maiores lugares na minha memória. Foi quase um conto que se conta às crianças em que o Bem, de forma espectacular, suplanta o Mal. Apenas um Benfica enorme, um Benfica à Benfica, lutador e inteligente, seria capaz de superar este desafio perante todas as adversidades que se lhe opuseram. E sim caro leitor, o Benfica fez jus ao seu nome.


As alterações para este jogo foram as típicas na Taça de Portugal: Artur, Salvio e Cardozo em detrimento de Oblak, Markovic e Lima, e Jardel no lugar de Luisão devido à lesão do capitão. E para ontem, o mestre Jesus deixou-nos uma surpresa: André Gomes em detrimento do lesionado Fejsa. O jogo começou da maneira que se esperava: o Benfica a pressionar alto e o Porto todo"borrado", a tentar defender a sua preciosa vantagem. A nossa pressão inicial resultou num falhanço do Salvio, logo aos quatro minutos, após cruzamento do Rodrigo. Foi o primeiro aviso para o golo que havia de surgir aos dezassete minutos: bom entrosamento a meio-campo, bola para o Gaítan, que cruzou para o lado oposto da área onde apareceu o Salvio, a fuzilar o Fabiano de cabeça e a abrir o marcador. O Estádio da Luz, que já estava em festa, explodiu. O Benfica sentiu o apoio, e a pressão não parou.

Contudo, aos vinte e sete minutos, sofremos um duro revés, porque o Siqueira, ao receber o segundo amarelo, com a estupidez que o caracteriza nalguns lances, deu-se ao luxo de ser expulso, o que dificultou a nossa tarefa. Oito minutos depois entrou o remendo André Almeida - um belo remendo, diga-se - para o lugar do sacrificado possível Óscar Cardozo. Até ao final da primeira parte, o Porco manteve a bola, mas sempre sem criar perigo. 


Na segunda parte, o paradigma não se alterou: o Enorme muito organizado e o corrupto a tentar encontrar espaços, sempre sem perigo. Foi, por isso, algo surpreendente ver o Porco empatar o jogo: o Varela pegou na bola, entrou pelo meio da área perante a passividade do André Almeida e atirou a contar. E aí, meus amigos, eu pequei. Pequei não por falta de querer, mas por falta de crença. Não acreditei, por breves instantes, que o Benfica, com menos um, daria a volta à eliminatória. Mas devia ter acreditado. O Maior, a partir daí, cresceu, o Estádio da Luz começou a empurrar cada vez mais a equipa. Até que, aos sessenta e cinco minutos, dez minutos após o empate, numa arrancada do Salvio, o Reyes fez não uma, mas duas faltas, e o Proença, inacreditavelmente, marcou um penalty a nosso favor. Com a Luz em suspenso, o Jesus exigiu que o Enzo, sr. Enzo, marcasse o penalty. Bola para um lado, guarda-redes para o outro, e o resto é história. O Inferno estava, de novo, em polvorosa. 

Benfica vs FC Porto (LUSA)

O Porto a partir daí, abanou cada vez mais, e o Benfica, mesmo estando potencialmente eliminado, nunca caíu na tentação de atacar loucamente. Aliás, num roubo de bola a meio-campo até podíamos ter marcado, não fosse o Rodrigo ter escorregado no momento da finta, até poderíamos ter marcado mais cedo. Mesmo assim, nunca a equipa deixou de acreditar que, num lance qualquer, acabaria por eliminar o Porco. E esse lance, esse lance mágico, surgiu a dez minutos do final: na esquerda do nosso ataque, o Lima (que entrou no lugar do Rodrigo), o Gaítan e o André Gomes ficaram a jogar à rabia ate que o mestre Nico passou para o André, que dominou de peito, passou por cima do Fernando com um pé, dominou depois de fintar e, com um pontapé, que chutou trinta anos de provações, trinta anos de injustiça, trinta anos de corrupção, trinta anos em que nos foi tirado o que era nosso, trinta anos de gozo e humilhação, de lágrimas, atirou a contar e a fechar o marcador e a eliminatória. A Luz explodiu, explodiu como poucas vezes a vi explodir, com a alegria de quem, finalmente, deixou aquela cicatriz da última temporada sarar. De quem já não tem medo de ser gloriosamente feliz. E, até ao fim, já nada interessou porque os últimos dezasseis minutos (dez mais seis de desconto) foram um festival de mau perder corrupto, que deu para o Jesus, o Luís Castro e o Quaresma serem expulsos. E, devo-vos dizer, nunca a Catedral ficou tão feliz ao ouvir um apito do desdentado. 

Benfica vs FC Porto (LUSA)

O maior destaque vai, de muito longe, para a equipa como um todo. Porque foram Enormes. Porque nunca se conformaram. Porque mostraram a sua raça, o seu querer e crer e a sua ambição. Porque foram buscar forças ao fundo dos seus seres. Porque mostraram, que mesmo com Proenças, frutas, cafés com leite, NINGUÉM PÁRA O BENFICA! Porque foram Gloriosos. Porque foram Benfica. Até ao fim. Individualmente, o destaque vai para o gigante jogo de André Gomes, não só pelo golo, mas também pela grande exibição, que lhe saíu claramente do fundo da alma, e para o brilhante Salvio, que está mesmo de volta. No entanto, nada seria possível sem a magia do Nico e do Enzo, a alma do André Almeida, a segurança do Garay, a coragem do Jardel, o pulmão e a raça do Maxi, e a crença do Lima e do Rodrigo. A todos eles, e também ao Estádio da Luz, um gigante obrigado, porque ontem demos uma das maiores estocadas neste regime corrupto, à beira de cair. Todos nós fomos o Glorioso.

Escreveu-se, assim, uma das páginas mais bonitas da nossa história, e volto a salientar a importância desta Enorme vitória na queda do Sistema. Ontem, viu-se Benfica à Benfica no Inferno da Luz. 

Benfica 3-1 Porco
Salvio
Enzo
André Gomes


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pertíssimo

Não foi uma exibição perfeita, mas sim em crescendo, que levou o Benfica a uma vitória que, embora não o garanta matematicamente, era claramente a última paragem rumo ao título de campeão. Já cheira.


O início de jogo foi uma amostra clara do que seria a primeira parte: um jogo muito lento, que seria feito de bastante paciência, com o Benfica a controlar, mas sem criar perigo, e o Arouca fechado atrás do meio-campo, mesmo sem nunca abdicar do contra-ataque. Foi por isso uma primeira parte pobre em oportunidades. Porém, houve tempo para duas perigosas jogadas: uma do Benfica, em que o Lima, sozinho, rematou contra o Cássio, e uma do Arouca, em que o Bruno Amaro "chapelou" o Oblak e o (Super) Maxi, o capitão de ontem devido à ausência do Luisão, cortou mesmo no limite da baliza. Nos últimos segundos dos descontos, e quando nada o fazia prever, os deuses do futebol resolveram recompensar o pesadelo provocado na época passada com o Estoril, e o Benfica abriu o marcador: o Lima ganhou na linha final, cruzou, o Cássio não se saiu bem, o Arouca não aliviou a bola, e Rodrigo apareceu para desviar para golo.


A segunda parte foi o tal crescendo. Com o golo marcado muito tarde, o Arouca teve de jogar mais aberto, e o Benfica, empurrado pelos 30.000 espectadores que fizeram do Estádio de Aveiro uma pequena Luz, chegaria ao golo bem cedo, logo aos dez minutos: o Markovic pegou na bola, arrancou, largou-a dentro de área para o Gaitan que fez o que só ele pensaria fazer: com muita classe, picou a bola perante a saída do guarda-redes. A partir daqui, o Benfica passou a controlar mais, mas sem nunca perder o rumo da baliza, sem nunca perder a chama que os adeptos iam transmitindo para dentro de campo. Pelo meio, pouco depois da hora de jogo, o Oblak, num choque com um avançado, perdeu os sentidos, mesmo que apenas por uns momentos, e teve mesmo de sair, devido ao traumatismo craniano. O ritmo quebrou e as equipas ficaram um pouco mais trapalhonas. Mesmo assim, a cinco minutos do fim, o Lima disparou potente, e só não deu golo devido a mais uma grande defesa do Cássio. Até ao fim foi só controlar, com o estádio em clima de festa total.


O melhor em campo foi, obviamente, o mestre Nico. Só mesmo ele para desequilibrar quando todos estavam fechados e cautelosos. Só ele para, num momento em que se pedia a tranquilidade, picar a bola por cima do guarda-redes, com aquela magia do rapaz que, antes de ser jogador, é um menino de Buenos Aires. Também destaco o Rodrigo, que está numa grande forma e voltou a marcar. Faço uma vénia gigante ao décimo segundo jogador, que empurrou sempre o Benfica para a frente, que pela primeira vez mostrou-me que os benfiquistas podiam pôr "tudo a saltar". 

Faltam dois miseráveis pontos, ou seja, uma simples vitória. O título é já aqui. Já o cheiramos, já o vemos, já o tocamos. Ms, primeiro, é fundamental ganhar à escumalha corrupta, para depois nos concentrarmos no campeonato e, só depois, darmos à escumalha corrupta do Piemonte o tratamento que merecem. Domingo, todos à Luz, convidem até os fantasmas da época passada. Está na hora do Maior ressuscitar.

Arouca 0-2 Benfica
Rodrigo
Gaitan


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Brilhante

Simplesmente brilhante. À Benfica.

4-0 ao Real Madrid. Sim, leu bem caro leitor: Quatro-zero-ao-Real-Madrid. Tarefa que muitos apregoaram hercúlea, à qual chegaram a apelidar de impossível. Contudo, houve algo que aqueles rapazes, que espero que sejam o futuro do Benfica, nunca se esqueceram: que o símbolo que envergavam era demasiado grande para se conformar com prognósticos. Nunca se esqueceram que o seu nome era Benfica e o seu destino o de vencer. Uma mistura de talento, é certo, mas também daquela agressividade, daquele "sem medo" à Benfica.

Que os seniores não se esqueçam, contra a Juventus, deste maravilhoso exemplo dado pelos nossos jovens.

Parabéns rapazes. Agora, tragam o caneco.

Tranquilo

Foi com uma exibição bastante tranquila e bastante controlada que o Benfica se voltou a apurar para as meias-finais da prova. Com esta vitória, bateu também uma série de recordes e pode ser mesmo chamado de Senhor Liga Europa.

O AZ começou o jogo de maneira algo esquisita: em vez de correr atrás do resultado, defendeu sempre com muitos homens e a fazer muitas faltas. O Benfica, apesar da vantagem, nunca se limitou apenas à gestão. O Cardozo ameaçou três vezes, duas em que possibilitou uma grande defesa ao guarda-redes adversário, e ainda uma outra em que atirou para fora. O Golo, contudo, só surgiria já à entrada dos últimos cinco minutos: o velho Salvio, aquele pré-lesão, parece ter voltado, arrancou desde o meio-campo, deixou quatro homens para trás, cruzou, e o Rodrigo, ao segundo poste, limitou-se a encostar. O resultado pecava, ainda assim, por escasso.

Benfica vs AZ (LUSA)

Para a segunda parte, os holandeses mostraram-se um pouco mais ofensivos, mesmo sem criar perigo por aí além, tendo mesmo obrigado o Artur a realizar uma boa defesa. Com a entrada do Enzo, a vinte e cinco minutos do final, as coisas voltaram a mudar, já que o Benfica voltou ao ataque, e cinco minutos depois, o Benfica fecharia o resultado: o Salvio recuperou a bola, que subiu bastante, o mesmo Salvio dominou-a incrivelmente bem, cruzou para a área e, ao segundo poste apareceu, pela segunda vez o Rodrigo, a encostar. Vislumbrou-se ainda o terceiro, mas o Salvio e o Cardozo falharam mais duas oportunidades açucaradas. Destaque final para o bonito apoio do estádio ao nosso Tacuara, para lhe provarmos que estamos com ele e que, acima de tudo, sabemos ser gratos.

 Benfica vs AZ (LUSA)

Destaque maior para o Toto Salvio que está cada vez melhor e que, com duas assistências, prova aos bruxos que voltará a ser o nosso velho e bom Salvio. Nota óbvia também para o Rodrigo, que está em grande forma e comprovou-o com mais dois golos.

Para mal de muitos, e incluindo o meu, calhou-nos a fava: a Juventus. E a segunda mão será lá. Mas depois de ver a brilhante vitória dos juniores sobre o Real Madrid, lembrei-me que, apesar das dificuldades que se apresentem, o nosso nome ainda é Benfica, e o nosso destino é o de vencer. Alguém que avise, por favor, os italianos que estão lixados: este é o nosso ano.

Benfica 2-0 AZ Alkmaar
Rodrigo (2)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Belo

Antes do jogo, cheguei a pensar que este Rio Ave não nos iria fazer a vida fácil. Enganei-me. O Benfica desde início mostrou-se pressionante e, impulsionado pelos quase 50.000 adeptos que foram à Luz, assinou uma exibição com bastante classe, que levou a uma vitória volumosa.

O jogo não mudou muito dentro da primeira parte: só teve um sentido, que foi a baliza adversária. Comandados pelo genial Nico Gaítan, os jogadores ocuparam o meio-campo adversário, lançando diversas investidas. Não foi por isso surpreendente que o Benfica tenha chegado ao golo dezassete minutos volvidos: o Enzo lançou o Sílvio, que à entrada da área amorteceu para o Nicos, que tratou de receber, sentar um defesa e passar para o Rodrigo, que concluiu da melhor forma esta belíssima jogada. O Maior não desarmou e à passagem do minuto vinte e oito, chegou ao segundo golo, após um remate do Rodrigo que o Gaítan, de trivela, na recarga, tratou de finalizar. O resultado ao intervalo pecava apenas pela escassez.


A segunda parte começou algo mais tranquila, e o Rio Ave, a espaços, ia conseguindo ter bola, mesmo sem causar qualquer perigo. No entanto, os jogadores devem ter começado a ficar tão aborrecidos como os adeptos, porque a pouco e pouco foram abrindo o livro. Assim, ao minuto setenta e sete, após uma jogada espectacular, com trinta e três passes (um número engraçado, diga-se), o Maxi Pereira ganhou um penalty, que o recém-entrado Cardozo aproveitou da melhor maneira para regressar aos golos. E que alegria que deu ao povo ver o seu amado Tacuara a festejar. E que alegria que a equipa sentiu, pois continuou a jogar com uma sede de golos incrível, como um gigante que está preso há demasiado tempo. Não foi por isso de espantar que o quarto tenha chegado, nos descontos, o Enzo sofreu uma falta dentro de área e, mais uma vez, o Cardozo voltou a celebrar. Acabou assim o jogo, em clima de festa, com cânticos de "Deixem passar o maior de Portugal...".



Não houve ninguém que se destacasse pela negativa, já que todo o colectivo foi enorme. Contudo, é preciso realçar o mestre Nico Gaítan, porque encarna o futebol mais puro, aquele futebol de rua, não se desinibindo de deixar sempre a sua magia bem patente. Após quatro anos, tornou-se também solidário com o resto da equipa. Nota também para o Enzo, porque é um verdadeiro jogador à Benfica, e para o André Almeida, tantas vezes menosprezado, mas que émula excelente suplente e jogador de equipa.

Faltam cinco pontos. Vamos jogar a Aveiro com o Arouca, com toda o estádio a puxar por nós. E começam já a reservar lugar para a festa final, com o Olhanense, que o título espera pelo Glorioso.

Benfica 4-0 Rio Ave
Rodrigo
Gaítan
Cardozo (2)

P.S - E o Benfica é o maior de Portugal, é o maior de Portugal, é o maior de Portugal! Deixem passar o maior de Portugal, o maior de Portugal, o maior de Portugal!