Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pertíssimo

Não foi uma exibição perfeita, mas sim em crescendo, que levou o Benfica a uma vitória que, embora não o garanta matematicamente, era claramente a última paragem rumo ao título de campeão. Já cheira.


O início de jogo foi uma amostra clara do que seria a primeira parte: um jogo muito lento, que seria feito de bastante paciência, com o Benfica a controlar, mas sem criar perigo, e o Arouca fechado atrás do meio-campo, mesmo sem nunca abdicar do contra-ataque. Foi por isso uma primeira parte pobre em oportunidades. Porém, houve tempo para duas perigosas jogadas: uma do Benfica, em que o Lima, sozinho, rematou contra o Cássio, e uma do Arouca, em que o Bruno Amaro "chapelou" o Oblak e o (Super) Maxi, o capitão de ontem devido à ausência do Luisão, cortou mesmo no limite da baliza. Nos últimos segundos dos descontos, e quando nada o fazia prever, os deuses do futebol resolveram recompensar o pesadelo provocado na época passada com o Estoril, e o Benfica abriu o marcador: o Lima ganhou na linha final, cruzou, o Cássio não se saiu bem, o Arouca não aliviou a bola, e Rodrigo apareceu para desviar para golo.


A segunda parte foi o tal crescendo. Com o golo marcado muito tarde, o Arouca teve de jogar mais aberto, e o Benfica, empurrado pelos 30.000 espectadores que fizeram do Estádio de Aveiro uma pequena Luz, chegaria ao golo bem cedo, logo aos dez minutos: o Markovic pegou na bola, arrancou, largou-a dentro de área para o Gaitan que fez o que só ele pensaria fazer: com muita classe, picou a bola perante a saída do guarda-redes. A partir daqui, o Benfica passou a controlar mais, mas sem nunca perder o rumo da baliza, sem nunca perder a chama que os adeptos iam transmitindo para dentro de campo. Pelo meio, pouco depois da hora de jogo, o Oblak, num choque com um avançado, perdeu os sentidos, mesmo que apenas por uns momentos, e teve mesmo de sair, devido ao traumatismo craniano. O ritmo quebrou e as equipas ficaram um pouco mais trapalhonas. Mesmo assim, a cinco minutos do fim, o Lima disparou potente, e só não deu golo devido a mais uma grande defesa do Cássio. Até ao fim foi só controlar, com o estádio em clima de festa total.


O melhor em campo foi, obviamente, o mestre Nico. Só mesmo ele para desequilibrar quando todos estavam fechados e cautelosos. Só ele para, num momento em que se pedia a tranquilidade, picar a bola por cima do guarda-redes, com aquela magia do rapaz que, antes de ser jogador, é um menino de Buenos Aires. Também destaco o Rodrigo, que está numa grande forma e voltou a marcar. Faço uma vénia gigante ao décimo segundo jogador, que empurrou sempre o Benfica para a frente, que pela primeira vez mostrou-me que os benfiquistas podiam pôr "tudo a saltar". 

Faltam dois miseráveis pontos, ou seja, uma simples vitória. O título é já aqui. Já o cheiramos, já o vemos, já o tocamos. Ms, primeiro, é fundamental ganhar à escumalha corrupta, para depois nos concentrarmos no campeonato e, só depois, darmos à escumalha corrupta do Piemonte o tratamento que merecem. Domingo, todos à Luz, convidem até os fantasmas da época passada. Está na hora do Maior ressuscitar.

Arouca 0-2 Benfica
Rodrigo
Gaitan


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