O jogo não mudou muito dentro da primeira parte: só teve um sentido, que foi a baliza adversária. Comandados pelo genial Nico Gaítan, os jogadores ocuparam o meio-campo adversário, lançando diversas investidas. Não foi por isso surpreendente que o Benfica tenha chegado ao golo dezassete minutos volvidos: o Enzo lançou o Sílvio, que à entrada da área amorteceu para o Nicos, que tratou de receber, sentar um defesa e passar para o Rodrigo, que concluiu da melhor forma esta belíssima jogada. O Maior não desarmou e à passagem do minuto vinte e oito, chegou ao segundo golo, após um remate do Rodrigo que o Gaítan, de trivela, na recarga, tratou de finalizar. O resultado ao intervalo pecava apenas pela escassez.
A segunda parte começou algo mais tranquila, e o Rio Ave, a espaços, ia conseguindo ter bola, mesmo sem causar qualquer perigo. No entanto, os jogadores devem ter começado a ficar tão aborrecidos como os adeptos, porque a pouco e pouco foram abrindo o livro. Assim, ao minuto setenta e sete, após uma jogada espectacular, com trinta e três passes (um número engraçado, diga-se), o Maxi Pereira ganhou um penalty, que o recém-entrado Cardozo aproveitou da melhor maneira para regressar aos golos. E que alegria que deu ao povo ver o seu amado Tacuara a festejar. E que alegria que a equipa sentiu, pois continuou a jogar com uma sede de golos incrível, como um gigante que está preso há demasiado tempo. Não foi por isso de espantar que o quarto tenha chegado, nos descontos, o Enzo sofreu uma falta dentro de área e, mais uma vez, o Cardozo voltou a celebrar. Acabou assim o jogo, em clima de festa, com cânticos de "Deixem passar o maior de Portugal...".
Não houve ninguém que se destacasse pela negativa, já que todo o colectivo foi enorme. Contudo, é preciso realçar o mestre Nico Gaítan, porque encarna o futebol mais puro, aquele futebol de rua, não se desinibindo de deixar sempre a sua magia bem patente. Após quatro anos, tornou-se também solidário com o resto da equipa. Nota também para o Enzo, porque é um verdadeiro jogador à Benfica, e para o André Almeida, tantas vezes menosprezado, mas que émula excelente suplente e jogador de equipa.
Faltam cinco pontos. Vamos jogar a Aveiro com o Arouca, com toda o estádio a puxar por nós. E começam já a reservar lugar para a festa final, com o Olhanense, que o título espera pelo Glorioso.
Benfica 4-0 Rio Ave
Rodrigo
Gaítan
Cardozo (2)
P.S - E o Benfica é o maior de Portugal, é o maior de Portugal, é o maior de Portugal! Deixem passar o maior de Portugal, o maior de Portugal, o maior de Portugal!
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