Havia uma desvantagem de um golo por recuperar, e a equipa tratou de resolver isso o mais depressa possível, pois logo de início o benfica pressionou como se não houvesse fim. Assim não surpreendeu que aos oito minutos tenhamos passado para a frente do marcador: o Lima passou para a entrada da área e o Gaítan atirou magistralmente de trivela para o poste esquerdo dos turcos, levando um estádio à loucura. No entanto, ainda não estava feito, ainda faltava marcar o segundo. Apesar de continuar a pressionar, o Benfica sofreu o golo do empate aos vinte e dois minutos, numa grande penalidade mal assinalada, pois o avançado turco estava em posição irregular. Era injusto este resultado, e os adeptos perceberam isso redobrando ainda mais o apoio à equipa.
Apesar dos cépticos continuarem a dizer que os jogadores etão desgastados, não foi isso que se viu. O Benfica continuou a pressionar cada vez mais, até que chegou a algo sufocante. O Cardozo tentou (que golo que era), o Lima também e o Gaítan ainda tentou repetir a sua proeza. Por tudo isto, conseguimos voltar a marcar: o Enzo marcou um livre rápido a meio-campo, o Cardozo dominou, tirou dois da frente e atirou subtilmente para o canto inferior direito da baliza turca. Voltava a faltar um golo, que até podia ter aparecido antes do intervalo, após um remate rasteiro do Matic.
Apesar de não apresentar o mesmo ritmo frenético, o pendor de jogo mantinha-se, com o ataque constante do Benfica e as asneiras constantes do árbitro francês (um traste), que não sabe marcar um livre por puxão ao Cardozo à entrada de área. Ainda houve um jogador do Fenerbache que ficou KO, após um lance na sua área. Apesar de o jogo ter parecido abrandar, o Benfica teve uns lances de insistência, e depois de um lançamento do Salvio, o Luisão rematou, desviou num defesa, foi parar aos pés do Tacuara Cardozo, que gloriosamente, rematou para dentro das redes dos turcos. A partir daí, eles bem que tentaram, mas o Benfica até esteve mais perto do quarto, com um penalty por assinalar. O sofrimento ainda durou durante os cinco minutos de compensação, com medo de alguma surpresa, mas terminou em êxtase aquando do apito final do francês, que pôs o Benfica na final europeia 23 anos depois. Para terminar em grande, "Ser Benfiquista", cantado por todos os presentes!
O Cardozo tem de ser o homem do jogo, pelos dois golos, principalmente o primeiro. Ao mesmo nível exibiram-se o Gaítan, com uma exibição a roçar o perfeito, o Matic, que parece ser omnipresente, o Enzo, o nosso rei do meio-campo, e o André Almeida, que mais uma vez voltou a cumprir e bem a defesa esquerdo. Aliás, todos os jogadores estiveram bem, e merecem muito esta final, bem como os adeptos, incansáveis décimo segundo jogador.
A festa no Marquês demonstra tudo o que tem vindo a ser feito nesta época. Estamos em três frentes, as quais estamos perto de ganhar. Acima de tudo, mantenhamos os pés no chão até ao fim, e se possível, a jogar sempre assim. Com esta dinâmica, acho que não há quem nos pare!
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