Pronto, perdemos. Perdemos o jogo, muito possivelmente o campeonato (ok, eu como todos vocês continuo à espera do milagre que reponha a justiça). Mas sabem: isto não é o fim.
Eu sei, o mundo desabou sobre nós, sobre os nossos jogadores, sobre o Jesus (aquela imagem dele a cair de joelhos demonstra o que aquele jogo representava para ele, o quanto sofreu com a derrota). No entanto, respeitemos o Benfica: ontem, foram solidários, sólidos e tiveram capacidade de defender quando foi preciso. Não fomos piores, só na posse de bola. Há certas coisas controláveis: a tática, a gestão da equipa, a maneira como se ataca e/ou se defende, etc. Mas existe um factor aleatório e sobrenatural que não nos pertence, que se chama sorte. Ontem, esteve do lado do Porto. Como já esteve do nosso lado, por exemplo, na Europa.
Esta época fizemos algo espetacular: com zero laterais esquerdos, um médio-defensivo que fez poucos minutos em 2011/2012 (Matic) e um médio-centro adaptado quase perdido para a Argentina (Enzo) podemos ainda ganhar tudo. Se em Agosto me dissessem isto, eu punha essa pessoa no Júlio de Matos.
Não devemos enforcar o nosso Jesus. É um dos melhores treinadores dos últimos 20 anos do Benfica, o Benfica pratica um futebol atractivo, marca mais de 100 golos por época e já criou grandes jogadores. Não o podemos crucificar, porque o caminho faz-se caminhando. Porque os caminhos têm buracos, obrigam-nos a tropeçar. Porque os caminhos são de luta e serão de vitória. Porque esses são os que no fim sabem melhor. Como nota de exemplo, não se esqueça que o retirado Fergunson, nos seus primeiros cinco anos de United, não ganhou um título e chegou a ficar em 13º lugar. 27 anos volvidos, ganhou 40 títulos.
No fim de tudo, temos de crer. Quem nos diz que no domingo a sorte, o milagre não está do nosso lado? Ou que quarta-feira não ganhamos a Liga Europa, voltando ao nosso trono? E mesmo que esta época percamos tudo, não nos esqueçamos que "A ganhar ou perder, sou do Benfica até morrer"!
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