Apesar do jogo se prever difícil, a nossa entrada foi de mestre. No primeiro ataque ganhámos um penalty, exemplarmente convertido pelo Lima (à falta do Cardozo): guarda-redes para um lado, bola para o outro. O pior veio depois: o Benfica retraiu-se com o golo, talvez pela ansiedade que poderia envolver este jogo, e recuou, deixando espaço ao Marítimo. O JJ bem barafustava, mas a equipa não reagia, parecendo gerir para quinta. Os madeirenses foram pressionando cada vez mais, e a cinco minutos do intervalo acabou por empatar, após cabeceamento do central Rossi (importante no jogo) ao segundo poste.
Talvez pela certa reprimenda do Jesus ao intervalo, o Benfica entrou pressionante e rematou três vezes: primeiro pelo Rodrigo, frouxo, e depois o Lima acertou na barra e no poste. O Marítimo passou então para a defesa, já que o Glorioso tentava recuperar a primeira parte de avanço. E aos setenta minutos, após uma iniciativa individual do Salvio, o central Rossi desviou para a sua própria baliza, dando ao Benfica o que a sorte (neste caso, a falta dela) não deixou alcançar. Até ao fim, o Benfica não cometeu o mesmo erro, e mesmo sem exageros, manteve a mesma pressão. No fim, os jogadores festejaram efusivamente, demonstrando o valor real deste jogo nas contas do título.
Os melhores do Benfica foram o Lima e o Salvio. O primeiro pelo golo e pelo perigo provocado às fileiras do Funchal; o segundo pela entrega que deu ao jogo, mesmo numa fase em que estava visivelmente roto, demonstrando-se mesmo decisivo no golo da vitória.
Já não falta muito, aliás, se os resultados certos se conjugarem, podemos mesmo ser campeões na segunda. Está mesmo quase. Mas só falta esse quase. façamos o nosso trabalho, ganhando os dois jogos em casa que restam (Estoril e Moreirense), e no fim festejaremos devidamente. Para quinta, toca de ganhar, e levar o nosso grandioso clube a uma merecida final europeia.