A primeira parte podia ter sido arrasadora. "Podia" porque faltou apenas o golo. Ao contrário do que se esperava, os magpies apresentaram-se bastante abaixo do nível pretendido, muito devido ao mérito do benfica que, apesar da vantagem da primeira mão, esteve sempre mais afoito e dominador. As duas oportunidades mais flagrantes foram um remate do Lima de calcanhar ao primeiro minuto e um falhanço do Gaítan, que após o Lima tirar a bola ao guarda-redes, demorou muito tempo a rematar e o defesa cortou.
O segundo tempo começou bem, com mais domínio do Benfica. No entanto, o Alan Pardew lançou o Ben Arfa e a defesa ficou um pouco mais nervosa, com bastante pressa para afastar a bola. Numa dessas tentativas de chuto, aos setenta minutos, o Garay e o Matic atrapalharam-se dentro de área, o Arfa cruzou e o Cissé encostou de cabeça para a baliza. A partir desse momento, os ingleses acordaram, e motivados pelo público, pressionaram muito, mas apenas com pontapés para a frente, e só durante dez minutos. Desde aí, o Benfica recuperou a sua compostura, aproveitou os contra-ataques e, em período de descontos, o Cardozo combinou com o Rodrigo (os dois recém-entrados), o espanhol cruzou rasteiro, e o Salvio, vindo de trás, atirou para o golo do empate, acabando assim com a história daquela eliminatória.
Apesar de um grande esforço colectivo, o melhor jogador tem de ser o Salvio, não só pelo golo, como pelos constantes problemas que provocou à defesa inglesa. As entradas do Cardozo e do Rodrigo também foram preponderantes para os últimos dez minutos.
Aproximamo-nos de uma época histórica, estando bem lançados para a vitória na Liga Portuguesa, Europa e Taça de Portugal. Na primeira, "só" falta ganhar dois jogos (Sporting e Marítimo); na Liga Europa, temos tudo para vencer os turcos e o previsível Chelsea nas finais; no Jamor, "já" passámos o Paços de Ferreira e somos mais fortes que o Guimarães. Se seguirmos com esta forma, não há quem nos pare!
Newcastle 1-1 Benfica
Salvio
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