(Inspirado no Ontem)
Os portugueses sempre foram um pouco soberbos. Sempre que podem, gabam-se até mais não. Sempre que alguém está em baixo orgulham se de o espezinhar. E o Benfica, como símbolo do povo que é, sofre também desse defeito. Tudo começa nos adeptos, passando depois para os jogadores e treinadores. E isso é péssimo.
É uma falta de fair-play enorme. Um abaixamento das normas ético-morais que fizeram do Benfica o Gigante que hoje é. Um desrespeito para com o nosso fundador e guia Cosme Damião. À pala dessas coisas, já foi o que foi contra o Newcastle, equipa tão fraca que até parecia que não era preciso jogar para passar, e só a perder os nossos jogadores, empurrados pelo povo, que percebeu quem eram eles, deu a volta ao resultado.
Chegamos então ao caso Sporting. Muitos adeptos andam na rua a dizer que o jogo já é trigo-limpo, farinha, amparo. É vaidade a mais. Um derby é sempre uma caixinha de surpresas e nada é garantido. Os lagartos cometeram esse erro connosco, mas em 1993 um JVP soberbo e em 2000 um Sabry low-cost calaram uma semana de provações. Não caiamos no mesmo erro que outros já cometeram.
O Benfica sempre foi um clube do povo. E como clube do povo que é, sempre que preciso arregaçou as mangas e lutou pelo que era seu. Sempre que venceu, teve de caminhar por estradas esburacadas e inseguras. Sempre que deu algo como garantido correu mal (por exemplo, o ano passado). O Benfica sempre se fez de fortes rivais, que tornaram o Benfica no fortíssimo clube que hoje é. E o Sporting é um desses rivais, uma espécie de Prof. Moriarty, sempre em constante guerra com o Benfica Sherlock Holmes. As duas faces da mesma moeda.
Assim, toca de baixar a bolinha e, aos habituais técnica, ataque vertiginoso, etc, juntar a fórmula vencedora de garra/raça, querer e ambição. Porque só assim o Benfica será campeão.
Vamos suar, chorar, gritar, puxar pela equipa, saltar, cantar, ficar nervosos, mas todos juntos vamos conseguir! Faltam nove finais, uma delas já no Domingo. Rumo ao título!
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