Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.

Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio.
Serás sempre parte do Benfica. Parte de nós. Adeus Deusébio. Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Sofrido

Haverá melhor maneira de voltar das férias do que com uma vitória do meu Benfica? Não, não há. Mas esta vitória foi diferente: sofremos demasiado para vencer, estivemos com a corda na garganta até ao fim e só um crer e uma vontade enormes desta equipa nos deram a vitória. Porque estes rapazes jogam muito mal, sim, parece que desaprenderam nos States, sim, mas ninguém os pode acusar de não terem um grande coração.

O jogo começou aparentemente fácil para o Benfica: o Moreirense não estava nada afoito e a bola estava sempre nossa. Contudo, não estava fácil: via-se que cada vez que eles atacavam os nossos mostravam uma incapacidade gritante de defender (como tem sido hábito esta época) e que a nossa posse de bola era apenas isso: posse de bola especulativa e inconclusiva, sem imprevisibilidade alguma. Ainda assim, o Victor Andrade ainda conseguiu criar perigo numa das nossas poucas oportunidades na primeira parte. Mas apenas uma oportunidade é muito pouco, e não foi por isso surpreendente ver o Moreirense chegar à vantagem aos vinte sete minutos, num lance incrivelmente mal defendido. A equipa espevitou um pouco, e uns dez minutos depois o Jonas falhou escandalosamente o golo do empate. Contudo, o final de primeira parte foi igual a tudo o resto: cruzamentos mal feitos, demasiados e à toa. O Eliseu está a mais na equipa (acho que foi a sua pior exibição desde que chegou à Luz), o Semedo não acertava nos passes e cruzamentos, o Pizzi não vê e não tem linhas de passe, o Mitroglou estava absolutamente inconsequente, etc, etc, etc. Foi normal chegar ao intervalo em desvantagem e mais normal ainda os assobios que se fizeram ouvir nessa altura.

Na segunda parte o jogo mudou: o Rui Vitória lançou o Talisca para o lugar do Pizzi e o Guedes para o lugar do Andrade. Não que estes dois tenham dado muita coisa à equipa, mas é certo que lhe deram mais velocidade e mais capacidade de transportar a bola. Nestes quarenta e cinco minutos, viu-se finalmente um Benfica perigoso: continuava mau, mas ia criando oportunidades de perigo. Primeiro, foi o Mitroglou, que num remate rasteiro obrigou o guarda-redes a uma grande defesa. Depois, o Mitroglou cabeceou à barra. Para terminar, o Jonas voltou a falhar escandalosamente o empate, algo nada comum em Jonas. Mais uma vez, a partir dos setenta e cinco, tudo mudou. O Vitória lançou o Jimenez para o lugar do Eliseu, entregou um papel com uma táctica qualquer ao Nico (não sei o que é que dizia o papel, mas imagino que tenha sido algo muito inteligente como "Tudo ao molho e fé em Deus") e resultou. Não sei como, mas resultou. Ao minuto setenta e seis, o Nico tirou um excelente cruzamento para a cabeça do Jimenez, que cabeceou para o empate, finalmente. Um minuto depois, o Semedo largou no Mitroglou, que passou atrasado para o Samaris, que com uma bomba de fora de área deu a volta ao marcador. A Luz explodiu. Depois de tanto sofrimento, estávamos por fim a vencer. Contudo, aos oitenta e cinco, o Cardozo deles empatou o jogo, num lance em que há um claro fora-de-jogo. Tudo parecia acabado para outra equipa qualquer, mas não para este Benfica. Num último fôlego Glorioso, o Nico tirou mais um excelente cruzamento a que o Jonas respondeu com um excelente volley para fazer o último golo do jogo. De loucos! Já há muito tempo que um jogo não me fazia sofrer assim.

O maior destaque deste jogo, na minha opinião, é o mestre Nico. A afinidade que tem com a bola é impressionante, os passes são teleguiados, a magia é constante. Felizmente o mercado não o levou. É claramente o nosso melhor reforço. Em segundo lugar, surge o Jonas. Apesar de ter falhado muitas vezes na hora H, acabou por decidir. O Rui terá que perceber que o lugar do Jonas não é a dar corridas desenfreadas. Jonas é classe, não é brutalidade. Num esquema de dois avançados terá sempre de jogar com Jimenez.

Ganhámos, sim. Mas jogámos mal, é preciso dizer. Esta equipa acredita muito, mas tem de melhorar bastante caso queira conquistar o ambicionada tri. O Eliseu é uma carta fora do baralho, o Luisão está lento, o Samaris não é o mesmo da época passada, o Pizzi está a falhar mais passes que nunca, não temos um médio direito e o Mitroglou é um penedo. Não temos ideia de jogo, e cruzamentos para o meio da área à equipa pequena não serve. As minhas esperanças são muito reduzidas, mas já se sabe: no que toca ao Benfica, não faço questão de ter razão. Que o Rui nos dê o tri.

Benfica 3-2 Moreirense
Jimenez
Samaris
Jonas

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Traição

No Natal, há quem peça paz e saúde. Eu bem que dispenso a paz no mundo, e nem sequer me importo muito de apanhar uma constipação ou uma gripe. A única coisa que eu peço é que não magoem o meu Benfica. Pelos vistos, os meus pedidos têm-se revelado infrutíferos. Em primeiro lugar, Jorge Jesus morde a mão de quem lhe dá de comer, dando uma facada em todos os benfiquistas, quer se gostasse dele ou não. Mas, sinceramente, a transferência de Jesus para o lado maligno não me doeu assim tanto: causou-me estranheza, deixou-me atarantado, até porque via nele um Alex Ferguson da Amadora. Jorge tinha aquele ar de saloio, de mitra da Amadora, mas não era ele quem ia correr para dentro de campo, suar e dar a vida pelo Benfica, pelo meu Benfica, fazer cara de mau aos adversários e até dar umas mocadas em quem desrespeitasse algum jogador que tivesse o Manto Sagrado ao peito. Como esta:


Esse abutre dava pelo nome de Maximiliano Pereira. Se há coisa que sempre me surpreendeu em Maxi, um dos capitães do Benfica, era o facto de deixar tudo em campo: mesmo sendo uruguaio, tinha a atitude dentro de campo que eu, por exemplo teria. Se o vídeo em cima é prova da sua violência por vezes excessiva, é também demonstrativa do que eu faria se visse o anão nojento do Moutinho à minha frente (se não fizesse mais). Ele, por jogar de azul ou verde, ofendia o vermelho dos bons, e por isso merece estas mocadas e muito mais. 

Maxi, doeu-me profundamente o que nos fizeste. Eras um de nós (ou parecias), e nada fazia prever isto. O teu sangue era vermelho, os teus braços eram vermelhos, as tuas pernas eram vermelhas, e até a tua verruga era vermelha. A par de Luisão, num estilo mais discreto, eras o jogador mais à Benfica em campo. Davas tudo, até parecia que davas a vida pelo Glorioso, como eu faria. Porquê Maxi? Por mais 500 mil euros, é isso? Vendes-te por pouco, eu que te julgava incorruptível! Tu, que disseste até que todos os títulos do Porco estavam marcados com o selo da corrupção? Além de mercenário, és então hipócrita! E não digas que tens o direito de fazer o que quiseres, porque não tens! Eras capitão do Benfica, e foste-o muitas vezes. Eras um ídolo, e tinhas, portanto, não o direito mas o DEVER de não nos desiludires! 

Maxi, vê se entendes: tu não és um grande jogador. Nunca foste. Mas nunca te poderiam acusar de não dares tudo pelo símbolo que levavas ao peito. Ficarias na história do Maior Clube do Mundo. Pensa só: em 111 anos de gloriosa História, os adeptos só concederam esse direito a uns poucos que ou se destacavam pela sua qualidade ou que deram tudo por nós e nunca nos traíram. Aliás, a História do Futebol, por norma, consagra os leais, os honestos, os bons: Pelé e o Santos, Maradona e o Nápoles, Cruyff e o Ajax, Di Stéfano e o Real Madrid, Messi e o Barcelona, Eusébio e o Benfica, Xavi e o Barcelona. Até Gerrard, que nunca ganhou nenhuma BPL será para sempre recordado como um dos grandes de Inglaterra. Agora, Maxi, serás considerado um jogador banal por aqueles que sempre te chamaram sarrafeiro, e perderás o teu lugar na nossa História.

Adeus Maxi. Em Maio, ver-me-ás no Marquês. Porque este Benfica provar-te-á que por muitas facadas que lhe dêem, levanta-se sempre mais forte, maior, mais Benfica. 

Aos benfiquistas, o meu último apelo: não desesperem. Sejam Benfica. Porque, como já se provou tantas vezes, essa é a nossa maior arma.

VIVA O BENFICA! 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Dos filhos da mãe

Queria apenas escrever este post amanhã, ou no fim-de-semana, mas pelo andar da carruagem daqui a umas horas Jorge Jesus será anunciado no Sporting. Lembro, para começar, que não devemos chorar. Chorar foi para os 92 minutos, para a final da Liga Europa, para a morte do Rei. Aí, foi o nosso querido Benfica que sofreu. Agora? Agora foi mais um funcionário (competente, é certo) que se foi embora. 

Jesus, és um filho da mãe. "Epá, há uma semana andavas a dizer que ele era o melhor treinador português, e agora já estás a dizer que não vale nada". Não, nada disso: Jorge Jesus é um excelente treinador, que apesar dos seus defeitos (teimosia, arrogância, etc) conseguiu pôr o Benfica na senda das vitórias passados tantos anos. Contudo, esqueceu-se que não é maior que o Benfica e assim, traindo quem por três épocas seguidas o segurou nas piores ocasiões, rumou ao LIDL. Foi não só ingrato, mas mostrou também falta de ética com um seu colega de profissão (Marco Silva), e estas atitudes não são admissíveis no Sport Lisboa e Benfica. Há coisas mais importantes que títulos, e os nossos valores são uma delas. Cosme Damião coraria de vergonha, por certo, ao deparar-se com esta situação. Jesus, achas que és maior que nós. Porém, aqueles de quem o clube recebe mais do que dá têm uma estátua, e é por isso que só está lá uma e, espanto, NÃO É TUA. Vai-te, e não voltes. O teu ciclo acabou. O Benfica por cá ficará.

Vieiras, Joões Gabrieis, marketing no geral, sois uns filhos da mãe. Se a atitude do Jorge não é correcta a vossa, a vossa não se coaduna com a situação de representantes do Maior Clube do Mundo. Nós não somos o Partido Comunista Russo, nem um qualquer Portinho: não apagamos da nossa história aqueles que nos ajudaram, mesmo que depois tenham sido uns sacanas. Assim, poruqe não tiram todos os títulos ganhos por aquele sacaninha. João Gabriel, Jesus não foi grato? E tu, meu retardado? Se queres andar por aí a espalhar ao mundo coisas idiotas e estúpidas, ao menos lembra-te do clube que representas. Guarda a porcaria para ti! Esquecem-se que Jesus foi o treinador mais titulado e com mais jogos internos e europeus da nossa mais-que-centenária História! Daqui a cem anos, ninguém se vai lembrar de vocês, mas para o Museu ficarão 11 títulos com o cunho de Jesus. Ide-vos, que não nos respeitam, e por isso não respeitam o Benfica.

Bruno de Carvalho, não queria falar de ti, já que não pertences aos meus âmbitos, mas és mais que um filho da mãe. Se achas que és muito inteligente por jogares nas costas, sem escrúpulos, não respeitando sequer um tipo que se empenhou na tua espécie de projecto, enganaste: vais-te lixar em breve, e espero estar na fila da frente quando isso acontecer. Não te esqueças que a tua amostra de clube já fez isto ao Benfica mais que uma vez na sua história. Preciso de tem lembrar quem foi campeão no ano seguinte? Talvez um... 6-3 te refresque a memória?

P.S - Espero que o nosso futuro treinador não seja Rui Vitória, inexpriente, mas Marco Silva. É benfiquista, bom treinador e, tal como nós, está motivadíssimo para fazer a vida negra àquelas cobras. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

34

Já está. Foi duro, foi complicado, teve suor, teve sangue (o Jardel que o diga), teve muita luta, mas finalmente levámos a melhor! Somos BICAMPEÕES!


O que me vai na alma é difícil de descrever. Nunca tinha visto o Benfica ser bicampeão, e portanto este é um momento de alegria suprema para mim. Mais uma vez, a festa partiu do Marquês para o resto do país e para o resto do Mundo: os PALOP´s, Brasil, EUA, Vietname, etc. Para cada ponto do mundo onde haja um benfiquista, segue um apelo: rejubilem. Somos campeões. Cumprimos a nossa missão, cumprimos o nosso destino: vencer! Acima de tudo, esta foi uma vitória da humildae e da raça, duma equipa que fez das suas fraquezas forças e que, apesar de muitos a darem por vencida ainda antes da guerra, acabou por voar bem mais alto, qual águia em voo imperial.


O que é certo é que antes da festa, houve um jogo difícil para vencer que, já agora, não ganhámos. Foi um jogo stressante, em que o Benfica podia ter acabado com o jogo e o campeonato no início, mas não o fez, acabando por beneficiar do resultado de terceiros para festejar.


Apesar de todo o clima agressivo que se foi criando à volta do jogo, o que é certo é que o Guimarães entrou mansinho. Fez muito anti-jogo, é certo, mas colocou-se imediatamente à defesa. O Glorioso, por seu lado, começou fortíssimo. Aos dois minutos, o Jonas atirou à trave de cabeça e, na recarga, o Pizzi chutou contra um central. Passados três minutos, o Lima recebeu a bola sentou o guarda-redes e mandou por cima da trave. Aos catorze, após jogada do Salvio, o Maxi atirou ao poste. Pouco depois, o Maxi passou para o Salvio que marcou, só que a jogada foi travada por alegado fora-de-jogo de um dos dois, que não existiu. E perto dos vinte, o temível Jonas, isolado, chutou para fora. O Vitória estava acantonado, o Enorme ia criando oportunidades atrás de oportunidades, mas a bola teimava em não entrar. Pior: perto do intervalo, o Porco abriu o marcador em Belém, o que deixava tudo em aberto, ainda que a nosso favor, para a última jornada. 


A segunda parte foi totalmente diferente: o jogo ficou muito mais fechado, tendo o Benfica atacado muito menos. Ainda assim, continuámos a tentar acabar com a questão do título, que só não se consumou porque, em duas cabeçadas do Maxi, o Douglas respondeu com duas boas intervenções. Com a saída do Pizzi e a entrada do Talisca, o Gigante parecia querer montar o ataque à baliza, mas isso também permitiu que o Guimarães ficasse mais solto, mesmo que não criasse oportunidades. Assim, e com constante perdas de tempo por parte do adversário, o título parecia que não ia ficar resolvido ontem. Porém, a dez minutos do final do nosso jogo, ouviu-se um grito de golo. Mágico: Tiago Caeiro, a cinco minutos do final do seu encontro, havia empatado para os pastéis. Soltou-se a alegria e, pouco depois, com o apito final dos porcos, os gritos de campeão começaram. O jogo não mais importava: o título já era nosso. O bicampeão somos nós.


Não vou escolher um melhor para este jogo. Podia, mas não vou. Serve este post de título para agradecer ao Benfica, por mais uma vez me ter dado uma enorme, gigantesca alegria, quase tão grande como a sua própria grandeza. Obrigado ao Jesus, por ter pegado numa equipa dos trezentos, totalmente remendada, e ter feito a partir daí um campeão, que mais do que nunca teve o mérito de nos levar ao topo. A cada um dos jogadores, um abraço especial, porque são de algum modo a imagem do Benfica: sem vedetas, sem soldados rasos, cada um vale tanto como outro, e todos juntos, a puxar para o mesmo lado, não há quem os pare. E a cada um de nós, adeptos, parabéns: somos a força deste Benfica, somos que O leva ao colinho. Juntos não há quem nos pare. Juntos, NINGUÉM PÁRA O BENFICA!


Foi lindo. Somos campeões! Gritemos bem alto: SOMOS BENFICA!

Guimarães 0-34 Benfica
Júlio César
Eliseu
Jardel
Luisão
Maxi
Samaris
Pizzi
Salvio
Nico
Jonas
Lima
Jesus
Nós, adeptos
Etc, etc, etc...








terça-feira, 28 de abril de 2015

"Wake Up", by Arcade Fire

Somethin' filled up
My heart with nothin'
Someone told me not to cry

Estimado leitor, ao ler o título deste post não se iluda: isto não é um "And Now for Something Completely Different" inédito neste blog, peço desculpa por estar a ocupar a sua atenção com assuntos bem mais irrisórios do que o Benfica (haverá algum assunto mais importante). Este post não é de facto sobr música. Este post é dirigido ao Benfica. O seu nome não é Benfica, por certo, estimado leitor. Contudo, eu sou Benfica, o leitor é Benfica, nós somos Benfica, e por isso peço-lhe que não pare de ler. Esta missiva é dirigida especialmente a todos nós.

***
Benfica, meu grande amor,

É a ti que dirijo estas palavras. Antes de começar a escrever, estava a ouvir a música "Wake Up", dos maravilhosos Arcade Fire. E vá-se lá saber porquê, aproveitei para pesquisar na net "Benfica". Só assim, "Benfica". Apeteceu-me, tão somente para ver quais as pesquisas que o Google te associa. Site do Sport Lisboa e Benfica, Sport Lisboa e Benfica - Wikipedia, etc, etc. E lá em baixo, já no final da página, deparo-me com links recomendados. "Benfica - Chelsea... Vou ver, não vou...". Fui. Estava a ouvir a música já referida (não te esqueças dela, Benfica; ainda me vai dar jeito). Comecei a ver: Benfica 1-2 Chelsea, adeptos desolados, jogadores a chorar, injustiça tremenda. Eu confesso, Benfica: um pouco de mim foi-se abaixo. Deu-me vontade de chorar.

Vem isto a propósito do quê, Benfica? Tenho que relembrar-te: já sofremos muito. Eu, ele, nós, tudo por ti. E mesmo que alguém me peça para não chorar, como dizem os Arcade, não consigo. Já sofri demasiado. Em 2013, desmoronou-se tudo em três jogos, e a glória europeia escapou-nos no último minuto; o ano passado, Portugal foi nosso mas, por amor de Deus, levámos mais uma facada na Europa. Já levei 5 do Porco, já fui eliminado pelo Braga, já perdi com o Guimarães, já levei com Kelvins, Ivanovics, Betos, etc, já me escapou no último minuto. E pior de tudo, Benfica, durante trinta anos aqueles porcos corruptos fizeram-nos sofrer, fizeram-nos sangrar, fizeram-nos suar, tentaram destruir-nos, cuspiram em cima de nós, fizeram-nos a folha tantas vezes. Já sofri demasiado às suas mãos, já os vi ganhar demasiadas vezes.

E chega, Benfica! O ano passado foi bom, mas este ano é diferente. É acabar com eles, é dar-lhes a estocada final com que a minha geração sempre sonhou. Benfica, por todas as vezes que choraste, que sangraste, que foste ferido quase de morte, que comeste pó, que ficaste para trás, que foste apunhalado pelas costas, por todos os dias que não pudeste cantar, não pudeste sorrir, que não pudeste gritar e festejar, por tudo isso dá cabo deles, Benfica.

Está nas tuas mãos cumprir o teu destino: Vencer, com V grande. Por favor, Benfica, por mim, por ti, por ele, por todos nós, sê aquele que nos pede, com um sorriso dos vencedores, para não chorar mais.


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Razoável

Após o jogo, admito, estava enervado. O Benfica tem obrigação de vencer todos os jogos, para mais em casa. Fez um mau jogo, um jogo rijo, um jogo de suor. Pouco tentou fazer para marcar. Não ao nível apresentado em Alvalade, mas ainda assim muito pouco. Empatou. Passado um dia, continuo a achar que este foi um mau resultado: para além de ter sido um empate, perdemos uma excelente oportunidade de dar uma machadada final naqueles porcos, de dar o soco que os deitaria ao chão definitivamente. Não posso, contudo, de deixar de dizer: o Porco foi o grande derrotado. O Benfica continua na frente e depende dele próprio. Faltam quatro jogos, e tem de ganhar três para ser campeão. Está nas nossas mãos, e portanto o resultado de ontem pode ser considerado razoável, ou menos mau dadas as circunstâncias.


Há que dizer: o Benfica não tinha a vida facilitada. O Salvio não pôde jogar por lesão, e deu o seu lugar ao Talisca, que pouco ou nada atribuíu à equipa. O Lopetegui também entrou medroso, principalmente para quem precisava desesperadamente de vencer: encheu o meio-campo com quatro homens. Desde cedo se percebeu o que é que seria o jogo: muita raça, muita luta, mas pouca soltura. O meio-campo, como seria de prever, estava aglomerado de gente, e as oportunidades foram poucas. O Porco teve um pouco mais posse de bola, é certo, mas sempre infrutífera. O Glorioso, quando recuperava a bola, não conseguia sair para o ataque com a facilidade que vem sendo hábito nesta época. A partida tornava-se mais feia a cada minuto que passava. Em todo o primeiro tempo, o Benfica não fez nenhum remate, o corrupto apenas tentou uma vez, numa oportunidade perigosa do Jackson que saíu por cima da baliza. 


Na segunda parte, o jogo alterou-se um pouco: mesmo sem fazer alterações, o Benfica estava mais solto. O jogo continuava disputado e feio, é certo, mas notava-se os jogadores um pouco mais livres do que na primeira parte. Esta melhoria deve-se em grande parte à troca do Talisca pelo Fejsa: saíu um jogador que nada estava a fazer (nem defendia, nem atacava, nem lutava, nem corria) para dar lugar a um outro que, juntamente com o Samaris (que já estava a fazer um bom jogo), encheu o meio-campo e deu liberdade ao Pizzi para subir. O Porco pôs dois extremos: o Hernâni e o Quaresmaque, tirando um esforço físico acrescido do Eliseu (que passou para médio esquerdo com a troca do Pizzi com o André Almeida), nada de novo trouxeram ao jogo. Nos segundos quarenta e cinco minutos, contei três ocasiões de golo para o Benfica e uma para os porcos: do nosso lado, o Talisca cabeceou a rasar o poste; o Jackson respondeu com um cabeceamento perigoso; o Pizzi teve uma boa oportunidade à entrada da área, mas rematou sem força alguma (ainda para mais tendo o Gaítan ao lado); e, a seis minutos do final, o Fejsa teve uma ocasião soberana para acabar com o campeonato mas, tal como o Jackson, atirou por cima. Resumindo: um jogo para homens, duro, rijo, feio.

Benfica-FC Porto (Reuters)

Num jogo tão disputado e equilibrado, quase que se podia dizer que não houve destaques. E, de facto, não houve. Porém, há que realçar que o eixo central Luisão-Jardel-Samaris apresentou-se a excelente nível, e limpou qualquer investida adversária. Se este era um jogo para homens, porque não destacar os três bravos? O Maxi fez também um jogo à sua imagem: competente e lutador.

O resultado não foi o melhor, é certo. Mas é também certo que estamos numa excelente posição para vencer o bi-campeonato. Temos dois jogos em casa, em que é obrigatório ganhar (Penafiel e Marítimo) e dois jogos fora (Gil Vicente, já na próxima jornada, e Vitória de Guimarães). Tenho a certeza absoluta que o jogo de Barcelos será determinante, até porque ganhando lá, o Benfica até se pode dar ao luxo de não ganhar em Guimarães (jogo em que até acho que a vitória nos vai sorrir). Ganhando em Barcelos, o Glorioso fica a seis pontos do título, e poderá mesmo festejar em Guimarães. Espero ainda poder escrever antes do próximo jogo. A mensagem é clara: acabaram-se as desculpas, as lamechices, o choro. Benfica, é a ti que dirijo estas palavras: está na hora de cumprires o teu destino: VENCER.

Benfica 0-0 Porco

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O Campeão voltou!

Muitos parabéns à equipa de hóquei! Mias uma vez, mostraram que são a modalidade mais à Benfica que existe! Era preciso ganhar ao clube corrupto? Muito bem. E não só ganharam como deram uma prova de força: 5-1! Esperemos que o futebol aprenda com o exemplo de luta de hóquei que, e faço uma vénia, em vinte e quatro jogos (faltam dois para terminar o campeonato), ganhou VINTE E TRÊS e empatou apenas um. Espectacular! À BENFICA!

Pragmatismo

O Benfica conseguiu superiorizar-se ao Belenenses, num dos jogos mais difíceis que restavam rumo ao 34º título da nossa história. Fez um jogo fraquinho, como tem sido hábito nas deslocações a terrenos adversários, mas com uma eficácia máxima e um inspirado Jonas amealhou os três pontos.


A grande surpresa no onze inicial foi a ausência do Salvio, que ao que parece contraíu uma pequena lesão muscular (que esperemos que não o afaste do jogo com o Porco). O início de jogo do Benfica foi forte: aos cinco minutos, um médio do Belenenses atrasou mal a bola; o guardião, pressionado pelo Lima, tentou atirar a bola para longe, só que o Jonas interceptou o corte e disparou para a baliza. Estava feito o 1-0 muito cedo, como em Vila do Conde, e tal como em Vila do Conde o Benfica adormeceu, caindo na estratégia do adversário. Abdicou do ataque e limitou-se a tentar controlar, algo que nunca chegou a conseguir. O Júlio César bem que se teve de aplicar e foi obrigado a duas boas intervenções, ambas na sequência de livres marcados pelo Carlos Martins. O intervalo chegou, e ainda bem, caso contrário talvez tivéssemos sofrido um golo.


A segunda parte começou como a primeira: muito bem para o Benfica. Passou a controlar o jogo definitivamente, e quinze minutos volvidos resolveu. O Nico cruzou, o Jonas dominou de peito e dentro de área fuzilou o guarda-redes. Mais uma vez, Jonas Pistolas resolve e já está a apenas um golo do melhor marcador do campeonato Jackson Martínez. A partir daí, o Belém perdeu o fôlego e o jogo ficou claramente inclinado a nosso favor. Não criávamos oportunidades de golo, é certo, mas eles também não. Além disso, deu para gerir os amarelos do Jonas e do Samaris. No final, o Belenenses ainda obrigou o Júlio a mais uma grande defesa à queima-roupa, mas já nada havia a fazer para o lado azul.


O grande destaque do Benfica já se começa a tornar repetitivo: Jonas. Está numa forma fenomenal, continua a marcar golos e a fazer jogar. É, para mim, a par do Jackson, o jogador mais decisivo da prova. Destaco também o Júlio César, que fez três boas defesas e foi decisivo.

Para a semana, é o jogo decisivo. Digam o que disserem, se o Benfica ganhar fica com via aberta para o título. Mais: ganhando ao Porco, só precisa de levar de vencida os dois jogos seguintes (com o Gil Vicente (fora) e o Penafiel (casa)) para se sagrar campeão nacional. Sigam o exemplo do hóquei. Há que não vacilar, e acabar com eles de uma vez por todas. Sejam BENFICA!

Belenenses 0-2 Benfica
Jonas (2)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Festival

Este Benfica é lixado. Fora, faz jogos deprimentes. Ganha a maioria, é certo, mas nunca consegue dar provas da boa equipa que tem. Contudo, em casa, jogo após jogo, teima em demonstrar que joga muito bem. No sábado, deu mais uma lição de bola, desta feita contra a Académica. Cinco golos, que poderiam ter sido oito ou nove, já que o início foi completamente arrasador.

O início de jogo do Benfica foi nada mais nada menos um dos melhores inícios de jogo de que tenho memória. Aos oito minutos, o Pizzi marcou um canto curto, tabelou, cruzou e, de cabeça, o Jardel abriu o marcador. Mais uma vez, o mais bravo dos bravos provou que além de ser um bom defesa também marca muitos golos. Três minutos volvidos, o Benfica dilatou. Jogada tirada a papel químico, que culminou num cruzamento do André Almeida para o inevitável Indiana Jonas marcar de cabeça. E sete minutos depois, mais um golo: penalty muito bem concretizado por Lima. E o Benfica matou o jogo assim, em menos de nada. Durante os vinte e cinco minutos que faltavam até ao intervalo, o marcador não voltou a mexer, mas oportunidades não faltaram, principalmente uma belíssima combinação entre o Nico, o Jonas e o Maxi. A Académica nada tentou, portanto o resultado que se verificava ao intervalo era três a bola a zero.


Na segunda parte o Benfica voltou a entrar fortíssimo, empurrado pela enorme onda vermelha - praticamente 57.000 espectadores - e passados novamente oito minutos chegou ao quarto golo. Grande jogada individual do Mestre Nico, que passou no Jonas. Este tabelou com o André Almeida e fez com muita calma o golo. Bisou Jonas e além disso está já a apenas três golos de Jackson Martínez. Pouco depois, numa recuperação do Samaris, o Jonas poderia perfeitamente ter feito o quinto golo e respectivo hat-trick, mas chutou por cima. Com o jogo já resolvido, deu para o Jesus tirar o Samaris e dar lugar ao Fejsa, num emocionante regresso, e para o Maxi limpar o seu amarelo para o decisivo jogo com o Porco. Apesar do Glorioso estar sempre pertíssimo de marcar, foi a Académica que no seu único remate fez o seu primeiro golo. O público não arrefeceu e viria a ser recompensado com uma bomba do Fejsa para o quinto golo, ele que se emocionou ao marcar. A terminar, o Lima falhou um golo cantado e deu para o Jonathan se estrear pela equipa principal.


O melhor em campo foi claramente o Jonas. Mais uma vez voltou a esbanjar classe, mostrando que além de ser um matador e um grande jogador, luta com Jackson pelo prémio de melhor jogador da Liga. Pura classe. Que continue a esbanjá-la por todos os jogos. Contudo, fica a pergunta: onde está este Jonas nos jogos fora? O André Almeida fez também uma exibição muito competente, como é habitual, e a adicionar fez duas assistências, tantas como o Eliseu na época toda. Esperemos que seja ele o titular no jogo com o Porco. Realce também para o belíssimo regresso do Fejsa e para o super-motor que é Super-Maxi. O décimo segundo jogador foi também fundamental. Com o colinho de 57.000 pessoas não há quem nos pare.

Espero que na pequena mas difícil deslocação a Belém se mostre este Benfica, e não aquele horrível Benfica de Vila do Conde.

Benfica 5-1 Académica
Jardel
Jonas (2)
Lima
Fejsa

segunda-feira, 16 de março de 2015

Gigantes

Sérgio Conceição bem avisou que o Braga jogava de igual maneira com Benfica e Porto. E é verdade: sábado revelaram-se praticamente inexistentes. Empurrado pela onda vermelha que encheu o Estádio da Luz e lhe proporcionou um ambiente digno de Inferno,(talvez seja este o colinho de que tanto falam) o Benfica fez uma excelente exibição, que resultou numa clara vitória.


O Benfica entrou com a melhor equipa, e desde o primeiro momento encostou perto da área do Braga. Ele bem que fizeram uso das suas tácticas rascas logo ao primeiro minuto, quando o banco todo saltou para cima do Eliseu. Contudo, isto não é em Braga, e os nossos jogadores não se deixaram intimidar. O ataque era um carrossel autêntico, com o Lima, o Jonas, o Gaítan, o Salvio e o Pizzi a darem muito trabalho à defesa do Porco B. O Benfica teve algumas oportunidades de golo e foi sem surpresa que aos vinte e um minutos chegou ao golo. O Pizzi roubou a bola, jogou no Lima, que deu no Gaítan, tendo este passado para o Jonas. A uns bons vinte e cinco metros da baliza, o Jonas Pistolas disparou colocadíssimo para mais um golo (que grande avançado!). O placard estava aberto e a Luz explodiu. Felizmente, o Glorioso não tirou o pé do acelerador, e pouco depois poderia ter ampliado, não fosse o central deles tirar um remate do Pizzi em cima da linha de golo. O resultado ao intervalo pecava por escasso.


O Braga entrou melhor na segunda parte - aliás, nos primeiros cinco minutos, onde tiveram o ponto alto do seu jogo: um remate defendido para canto. Porém, rapidamente o Benfica retomou o controlo do jogo, e pouco depois o defesa esquerdo do Braga foi expulso. No livre consequente, o Enorme esteve pertíssimo de marcar não fosse o Lima ter proporcionado uma grande defesa ao Matheus a três escassos metros da baliza. Na recarga, o Jonas ainda tentou desviar uma bola do Pizzi, levando mais perigo à baliza contrária. Pouco depois, o Gaítan viu amarelo, o que o retira do próximo jogo. A partir daí, O Eliseu começou um autêntico tiroteiro à baliza bracarense. Primeiro, obrigou o guarda-redes a uma defesa apertada. Pouco depois, disparou pertíssimo do ângulo superior da baliza. Por fim, aos setenta e cinco minutos, chegou ao golo: passe do Samaris para a esquerda e remate de primeira do Eliseu, que não deu hipóteses ao guarda-redes. O jogo ficou resolvido, e o Maior apenas geriu até final.

Benfica-Braga (LUSA/ Steven Governo)

Para melhor em campo, não há muitas dúvidas: Jonas. É, de facto, um avançado que transpira classe. Apontou um golo muito bom e foi peça fundamental em toda a manobra atacante. Sem ele, não sei o que seria do Benfica 2014/2015. É de ver e rever aquele sublime domínio de bola após um balão do Pizzi. Classe. Destaque também para o Samaris, que fez um jogo imaculado, com um excelente entrosamento ofensivo e defensivo. Cada vez mais, revela-se um jogador de peso neste plantel.

Ficou hoje também provado que podem ver todos os adversários ao mesmo tempo, com todos os seus joguinhos fora de campo: se os jogadores e a onda vermelha puxarem todos para o mesmo lado, o que para nós será difícil, para eles será impossível. VIVA O BENFICA!

Benfica 2-0 Braguinha
Jonas 
Eliseu

domingo, 1 de março de 2015

Festa

Foi dia de festa, o Maior de Portugal e do mundo celebrou ontem 111 anos. O clima no estádio era de festa, até se cantaram os parabéns, e quem melhor que os nossos jogadores para pôr a cereja em cima do bolo, citando o mestre Jorge? Com uma exibição de gala, o Benfica subjugou o Estoril, coroando assim a festa com seis golos.


O grande destaque na equipa foi o regresso do mestre Nico, que tanta falta nos fez, como se pôde constatar pelo jogo de hoje. De resto, o Pizzi manteve a titularidade e revela-se como a clara escolha de Jesus para 8 e o Samaris voltou da suspensão. Este jogo foi o regresso do rolo compressor à Luz, e nem aquela escolha de campo estúpida por parte do Estoril evitou a goleada. Os amarelos nunca se revelaram adversários à altura, já que o Gaitan estava endiabrado, o Salvio estava de regresso ao melhor, a dupla Jonas/Lima revelava-se perfeita, e o Samaris e o Pizzi iam enchendo o meio-campo. Logo nos primeiros minutos, o Jonas deixou o aviso: bom remate dentro de área, para defesa apertada contra o poste do Kieskez. Pouco depois, novamente o Jonas, de cabeça, obrigou o guarda-redes adversário a mais uma grande defesa. No canto consequente, aos dezassete minutos, o Befica chegou à vantagem: cruzamento de Pizzi e cabeçada letal do capitão Luisão. A partir daí, em pouco menos de vinte minutos, começou o massacre da primeira parte. Primeiro, aos vinte sete, o Lima recebeu na esquerda e cruzou rasteiro, para a entrada fulminante do Salvio, que marcou o segundo. Seis minutos depois, o Gaítan cruzou para o Salvio, a bola foi enviada para fora de área, e aí apareceu o Pizzi, que com um remate colocado marcou o terceiro. No pontapé de saída, o Benfica tirou a bola ao Estoril e deu início a uma joga sublime de futebol, com vários passes, até a bola chegar ao Nico, que com a sua mestria habitual deu de calcanhar para o Maxi, que à boca da baliza assistiu o Jonas, que não falhou. Festival total. Até ao final da primeira parte, o Benfica até poderia ter dilatado, não fosse um remate do Gaitan sair ligeiramente ao lado.


A segunda parte, como seria de esperar, começou com um ritmo muito baixo, já que o jogo estava resolvido. Aliás, nalguns momentos, o Estoril até conseguiu atacar, mesmo sem criar perigo. Aos cinquenta e cinco minutos, voltámos a mexer com o activo: golo de penalty, de Lima. Pouco depois, um centro-campista deles foi expulso, e por surpreendente que possa parecer, o Glorioso não só não tirou partido como por pouco não levou um golo, tendo o Artur desviado para o poste o remate do avançado que lhe apareceu pela frente. Até ao final, muita gestão de esforço, mas mesmo assim era fácil prever que um golo mais se avizinhava. E esse último golo chegou aos oitenta e cinco minutos: jogada rápida do ataque, bola no já entrado Ola John, que rematou para defesa do Kieskez, permitindo o golo de recarga ao Jonas, que bisou. 


Poderia destacar tanta gente, que aqui ficam os mais importantes. Em primeiro lugar, o Pizzi, jogador que não aprecio particularmente, mas que ontem, com o golo e duas assitências, se revelou fundamental na vitória. Também o Nico, que mostrou que o seu regresso é uma excelente notícia para o Maior. O Salvio esteve endiabrado e baralhou completamente a defesa do Estoril. Também o Jonas e o Lima estiveram muito bem, com dois e um golo, respectivamente, e um grande envolvimento em todas as jogadas ofensivas. O Samaris também esteve muito sólido, bem como o Maxi, que foi bastante importante na ajuda ao ataque. Os centrais estiveram muito bem, tendo o Luisão inclusive marcado um golo. Também aqui fica o meu especial agradecimento ao Estádio da Luz, que ontem se revelou um incasável décimo segundo jogador. Que assim continue nas finais que nos restam.

Parabéns Benfica, amor do meu coração. Tudo o que possa dizer nunca conseguirá exprimir as alegrias que já me conseguiste dar. E mesmo nas tristezas, que se saiba que somos Benfica, até ao fim.




segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Jardel

Muito sinceramente, penso que este é o único título que se adequa ao jogo de ontem. Poderia ser sorte? Sim, talvez, até porque seria moralmente aceitável que o Sporting ganhasse, até porque foi a única equipa que procurou claramente a vitória. Contudo, pouco mais fez que o Benfica, e só chegaram ao golo num erro nosso. Além disso, cantarem olés a cinco minutos nunca resulta bem. E quem são os visitantes? Não o Maior concerteza - ou quem sabe se em terra de viscondes se chama assim aos adversários? Assim, porque não atribuir o nome desta crónica ao herói? Jardel, pelo benfiquismo, pela alegria, pela coragem, já merecias uma noite assim! 


O Jesus assumiu desde cedo ao que vinha: se pudesse ganhar, muito bem - contudo, o empate mantinha o Benfica com forte avanço na luta pelo 34, e deixava os lagartos fora da carroça. Por isso, optou por tirar o Talisca e pôr o André Almeida ao meio-campo, além das já forçadas alterações do Nico e do Júlio César pelo Ola John e pelo Artur. O jogo começou muito equilibrado, mesmo com poucas oportunidades de golo. O Ola estava a jogar bastante mal e o Eliseu encontrava-se longe do desejável, pelo que a nossa ala esquerda foi praticamente inexistente. O Salvio sofreu uma marcação apertada e também pouco vez do ponto de vista ofensivo. À passagem da meia-hora, o Benfica começou a falhar muitos passes fáceis, não conseguindo sair com a bola jogável. Assim, o Zbording teve um pequeno ascendente, mas que não se verificou nas oportunidades de golo: zero para cada lado no final dos quarenta e cinco minutos. 

Sporting-Benfica (LUSA/ José Sena Goulão)

A segunda parte começou como a anterior acabou, e muito pouco foi acontecendo. As equipas estavam encaixadas uma na outra apesar dos visitados (será este o seu nome correcto) jogarem mais no nosso meio-campo. Com o tempo e com os cartões (sempre para o mesmo lado, o que também é curioso), o Glorioso foi-se encostando mais atrás, resguardando-se, sabendo que o empate lhe serviria. Os lagartos, que só por acaso precisavam de ganhar, esmagaram (dizem eles, pelo menos) criando umas espectaculares... aliás, espectacular oportunidade de golo, num bom cabeceamento do Carrilo para excelente defesa do Artur. Do lado do Benfica, muito pouco se quis fazer, pelo que apenas destaco um bom passe do Samaris para o Jonas que, isolado, fez um mau passe para o Lima, perdendo-se assim uma excelente oportunidade de marcar. O jogo aproximava-se do fim e era claro que só com um erro de uma das equipas o jogo seria desbloqueado. E foi isso mesmo que aconteceu: o Samaris, que até aí estava a fazer uma exibição imaculada, fez um mau passe para trás, lançando o contra-ataque do João Mário; este rematou já dentro de área, para grande defesa do Artur, mas que nada pôde fazer perante a recarga do Jefferson, aos oitenta e seis minutos. 

Sporting-Benfica (LUSA/ José Sena Goulão)

E aí começou o show da arrogância: os olés a cada dois passes seguidos que faziam, os cânticos anti-Benfica (aliás, os seus únicos cânticos, daí que lagarto seja igual a anti-Benfica), o facto de nos terem passado jogo todo a chamar "Visitante", algo que fizeram questão de gritar no seu golo, etc, etc, etc. Esqueceram-se, porém, que do outro lado estava, não uns quaisquer viscondes, mas o BENFICA: isso mesmo, o Maior, Glorioso, Benfica, o clube de todos e para todos; a raça, o querer e a ambição. E por isso chegámos ao empate e atirámos-los para fora da carroça. Na última jogada do jogo, o Maxi lançou, a bola foi enviada de volta para o meio-campo e o Pizzi atirou-a de volta para a área lagarta. Aí, perante a subida da defesa adversária, o Jonas apareceu sem marcação. Num frente-a-frente com dois defesas, a bola foi para o meio da confusão e aí apareceu Jardel, o homem que jogou com o polegar virado, o homem que já jogou de cabeça aberta, a coragem em pessoa, a fuzilar o Rui Patrício. Estava reposto o empate no último suspiro. Eu já vos digo onde é que metem o visitante.

O melhor em campo foi a meu ver o Jardel, porque conseguiu juntar uma exibição defensiva bastante boa ao golo que nos deu o empate. Jardel é a prova-viva que com 0,1% de talento e 99,9% de suor, muita coisa se pode conseguir. Destaco ainda o grande capitão Luisão, que fez mais um jogo ao seu nível, e o Samaris que, apesar de ter oferecido o golo, fez uma boa exibição, e mostra que tem vindo a crescer de jogo para jogo.

O campeonato, que esteve a tremer durante sete minutos, continua na nossa mão. Conseguimos também, com este empate, eliminar um adversário na luta pelo título.

Sporting 1-1 Benfica
Jardel 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Eusébio - 1 ano


Passados 365 dias da morte do maior símbolo, do maior pedaço da nossa mais que centenária história, já nada mais pode ser dito. Que ano após ano saibamos honrar a memória e a história do nosso Rei Eusébio, porque também só assim saberemos ser Benfica, com letra grande.

Tu és o nosso rei Eusébio,
Tu és o nosso rei Eusébio,
Tu és o nosso rei Eusébio,
Descansa Eternamente!